Fábrica da Fiat em Turin: ministro recentemente havia pedido à montadora para "ficar na Itália" depois da planejada fusão com a norte-americana Chrysler no próximo ano (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2013 às 10h54.
Roma - O presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, assegurou em uma primeira reunião com o novo ministro da Indústria da Itália que a maior empregadora do país não vai promover demissões.
Recém indicado para o ministério da Indústria, Flavio Zanonato recentemente havia pedido à Fiat para "ficar na Itália" depois da planejada fusão com a norte-americana Chrysler no próximo ano. Sindicatos de trabalhadores na Itália temem que a fusão fará o grupo migrar sua sede para os Estados Unidos.
Fiat e Zanonato prometeram trabalharem juntos para recuperarem o mercado italiano de veículos atingido pela recessão no país, afirmou o ministério em comunicado, e ressaltaram a importância da base de manufatura italiana como parte da imagem da marca da Fiat.
Zanonato reuniu-se com Marchionne e com o acionista controlador da Fiat John Elkann e ambos deram garantias de que a Fiat pretende manter o nível de empregos mesmo em um momento em que o mercado italiano encolhe a níveis vistos pela última vez na década de 1970.
As vendas de carros na Itália caíram quase 20 por cento no ano passado e devem recuar mais 5 por cento este ano, para cerca de 1,3 milhão de unidades. O governo italiano, que enfrenta recessão e orçamento mediado por medidas de austeridade, tem poucas ferramentas à mão para ajudar na retomada das vendas de veículos.
Apesar disso, a Fiat tem planos de fabricar modelos Jeep e uma nova linha de veículos da marca Alfa Romeo na Itália para exportação para mercados na Ásia, América Latina e Estados Unidos.
"A reunião foi muito bem", disse Marchionne a jornalistas em Roma. "Confirmamos nossos compromissos com a Itália." Apesar das fábricas da Fiat trabalharem abaixo da capacidade, a montadora tem seguidamente repetido a parlamentares e sindicatos que não pretende fechar unidades produtivas, diferente das rivais Ford, General Motors e Peugeot, que disseram que vão fechar fábricas.