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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - As montadoras se mobilizaram para um fim de semana aquecido de vendas, quando pretendem desovar grande parte dos estoques formados num mês em que intensificaram a produção para aproveitar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que termina na quarta-feira. O corte do imposto, em vigor desde dezembro de 2008, foi apontado como um dos responsáveis pelo recorde de vendas obtido no ano passado, de 3,1 milhões de veículos.
Com a volta da alíquota integral, os preços dos carros devem subir entre 3% e 4%, ainda que o repasse não ocorra de imediato ou integralmente. Algumas marcas acreditam que os modelos nos pátios das lojas continuarão com descontos, mas aqueles que estão em falta vão chegar mais caros. Concessionários da General Motors já receberam comunicado para repassar o aumento da alíquota a partir de 1º de abril.
Até quarta-feira, as vendas acumuladas de automóveis e comerciais leves no mês somavam 221,7 mil unidades, montante que já ultrapassa toda a venda de fevereiro, de 221 mil unidades. Falta computar, porém, os licenciamentos do Estado de São Paulo nos últimos quatro dias. O sistema de informática do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) foi afetado pelo rompimento de cabos de fibra óptica da Telefônica, atingidos durante os trabalhos de prolongamento da nova linha do Metrô, e os registros estão suspensos.
Pelo ritmo diário de vendas, os números, por enquanto, apontam para vendas inferiores às projetadas pelas montadoras, de 320 mil unidades neste mês. Para tentar garantir o recorde mensal, todas as marcas programaram ações para este fim de semana, com feirões em shopping centers ou na rede de revendas. O apelo será mais na mídia, pois boa parte das promoções está em vigor há algumas semanas. É o caso, por exemplo, da GM, que mantém ação oferecendo o dobro do desconto do valor da redução do IPI. Também oferece plano de pagamento com zero de entrada e redução de 50% nas primeiras 12 parcelas do financiamento em até 60 meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.