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Copel se reúne com governador na segunda sobre reajuste

Diretoria se reunirá com Beto Richa para discutir como deverá proceder em relação ao reajuste tarifário aprovado pela Aneel


	Torres de transmissão de energia elétrica: Aneel aprovou o índice de reajuste da Copel, mas a empresa pode decidir se vai aplicá-lo ou não
 (Getty Images)

Torres de transmissão de energia elétrica: Aneel aprovou o índice de reajuste da Copel, mas a empresa pode decidir se vai aplicá-lo ou não (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 11h38.

São Paulo - A diretoria da Copel se reunirá com o governador do Paraná, Beto Richa, na segunda-feira, para discutir como deverá proceder em relação ao reajuste tarifário aprovado pela Aneel na véspera, depois que o governador disse que pedirá à distribuidora para "segurar" a aplicação de aumento nas tarifas.

A reunião, ainda sem horário marcado segundo a assessoria de imprensa da Copel, ocorrerá no dia em que o aumento médio de 14,61 por cento começaria a ser aplicado. A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o índice de reajuste da Copel, mas a empresa pode decidir se vai aplicá-lo ou não.

"Vou pedir para a Copel segurar para ver exatamente o que é isso, mas o que me parece em função dos últimos gastos do governo federal com estiagem, tiveram que colocar com todo o vapor as usinas termelétricas, que além de mais poluidoras são usinas que são muito mais caras para estarem operando...", disse Richa, segundo áudio disponibilizado pela Agência de Notícias do Paraná, na quinta-feira.

O governo do Estado do Paraná é o acionista controlador da Copel.

Às 10h43, as ações da Copel caíam 12,78 por cento, a 27,45 reais por papel, diante das preocupações dos investidores de que a empresa não aplique o reajuste.

"A notícia é negativa para ações da companhia, já que o reajuste serviria para cobrir o aumento dos gastos não gerenciáveis, como energia comprada para revenda, que subiu 39,5 por cento no primeiro trimestre na comparação anual, e o pronunciamento do governador do Paraná parece conter um cunho político, podendo representar um possível conflito de interesses entre o controlador e os acionistas minoritários", disse a Um Investimentos em comentário enviado a clientes.

O aumento da tarifa da Copel foi influenciado principalmente pela alta do custo da energia elétrica comprada pela empresa. Somente esse item teve um impacto de oito pontos porcentuais no reajuste da empresa, segundo explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, na quinta-feira.

O preço da energia, por sua vez, subiu em parte por conta do aumento da cotação do dólar, que reflete diretamente no custo da energia da usina de Itaipu.

Procurado, o governo do Paraná afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto além dos comentários do governador divulgados pela agência.

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