Mark Zuckerberg: "Nossa comunidade e negócios continuam a crescer rapidamente" (Stephen Lam/Reuters)
AFP
Publicado em 25 de julho de 2018 às 18h34.
Última atualização em 25 de julho de 2018 às 19h22.
As ações do Facebook sofreram impacto nesta quarta-feira (25), depois que a maior rede social do mundo divulgou um crescimento de usuários abaixo do esperado no primeiro trimestre, desde que foi abalado por uma série de escândalos sobre privacidade de dados.
A companhia informou que o lucro subiu 31 por cento no segundo trimestre, para US$ 5,1 bilhões, enquanto a receita subiu 42 por cento, para US$ 13,2 bilhões.
As ações caíram 7% após o fim da sessão, com o relatório trimestral muito mais fraco do que o esperado.
"Nossa comunidade e negócios continuam a crescer rapidamente. Estamos comprometidos em investir para manter as pessoas seguras e continuar construindo novas maneiras significativas de ajudar as pessoas a se conectarem", disse Mark Zuckerberg, CEO da empresa.
Zuckerberg disse que não esperava um impacto significativo por conta do caso envolvimento a consultoria política Cambridge Analytica, mas os números do último trimestre sugeriram uma desaceleração.
A principal métrica dos usuários ativos mensais subiu 11%, para 2,23 bilhões, abaixo da maioria das estimativas, de 2,25 bilhões, enquanto os usuários ativos diários cresceram 11%, para 1,47 bilhão, abaixo do esperado.
Quase toda a receita do Facebook - US$ 13 bilhões do total de US$ 13,2 bilhões - veio de publicidade online, um setor dominado pela rede social da Califórnia, junto com a Google, sua rival do Vale do Silício.
Embora as ações do Facebook estivessem em uma recessão após o escândalo da Cambridge Analytica ter sido quebrado no começo do ano, as ações subiram acentuadamente e atingiram níveis recordes este mês.
De acordo com a empresa de pesquisa eMarketer, o Facebook deve ter uma fatia de 18% do mercado de anúncios digitais mundial de US$ 273,29 bilhões, atrás dos 31% do Google.
Segundo a eMarketer, o Instagram, de propriedade do Facebook, está compensando parte da desaceleração do crescimento nas redes sociais e vai gerar US$ 8,06 bilhões em receita publicitária mundial neste ano.