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Facebook contesta os céticos com vendas de publicidade móvel

Crescente demanda por publicidade para celulares contribuiu para rede social superar as estimativas dos analistas de lucros e receita para o segundo trimestre

Investimento na mobilidade: Zuckerberg está cumprindo sua promessa de tornar a Facebook Inc. uma companhia “principalmente móvel” (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Investimento na mobilidade: Zuckerberg está cumprindo sua promessa de tornar a Facebook Inc. uma companhia “principalmente móvel” (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2013 às 17h24.

San Francisco - A decisão de Mark Zuckerberg, presidente da Facebook Inc., de apostar forte no software para dispositivos móveis está rendendo grandes frutos: as vendas de publicidade nesses aparelhos agora estão a caminho de ultrapassar os lucros gerados com computadores convencionais.

A crescente demanda por publicidade para celulares contribuiu para superar as estimativas dos analistas de lucros e receita para o segundo trimestre. Os resultados, publicados ontem, fizeram com que as ações da rede social mais popular do mundo ganhassem até 28 por cento, batendo o recorde de ganhos obtidos num dia só. Foi o mais alto nível desde maio de 2012.

Pode ser que finalmente os lucros acalmem a preocupação dos analistas e investidores de que a crescente popularidade dos smartphones e tablets esteja superando a capacidade do Facebook de gerar dinheiro com promoções para os usuários desses dispositivos, preocupação presente desde a abertura de capital da companhia em 2012.

Ao permitir que os anunciantes publiquem notícias no feed para os dispositivos e mudar o foco para desenvolver aplicativos, Zuckerberg está cumprindo sua promessa de tornar a Facebook Inc. uma companhia “principalmente móvel”, disse Jordan Rohan, analista na Stifel Nicolaus Co. em Nova York.

A Facebook Inc. informou num comunicado publicado ontem que a sua receita aumentou 53 por cento no último trimestre, chegando a US$ 1,81 bilhão. Excluindo certos itens, os lucros foram de 19 centavos por ação, acima da previsão dos analistas consultados pela Bloomberg, que estimaram lucros de 14 centavos e uma receita de US$ 1,62 bilhão em média.

As publicidades em dispositivos móveis, que geraram 30 por cento da receita no primeiro trimestre, logo representarão mais da metade dos dólares gerados em publicidade, disse Zuckerberg numa conferência. O número de usuários desses dispositivos chegou a 819 milhões no mesmo período, um aumento de 51 por cento, ao passo que o total de usuários do Facebook passou de 1,11 bilhão no trimestre anterior a 1,15 bilhão.


“Este trimestre foi uma validação sólida da nossa mudança de rumo para os dispositivos móveis”, disse David Ebersman, o diretor financeiro da Facebook Inc. “Todos os investimentos que fizemos no negócio estão rendendo”.

Estima-se que a Facebook Inc. ficará com 13 por cento do mercado global de publicidade em dispositivos móveis neste ano, segundo a EMarketer Inc. Contudo, a companhia continua bem atrás da Google, no primeiro lugar com uma projeção de 56 por cento do mercado em 2013.

Usuários diários

Mais da metade – 61 por cento – dos usuários do Facebook entram diariamente no site, um número que aumentou apesar das previsões contrárias, disse Zuckerberg.

Os lucros obtidos com pagamentos, incluindo bens virtuais vendidos em jogos como “FarmVille 2” e “Candy Crush Saga”, atingiram US$ 214 milhões no segundo trimestre, um ganho de 11 por cento em relação ao ano anterior.

Ferramentas de marketing

A Facebook Inc. também está melhorando as ferramentas para os anunciantes. No mês passado, a companhia anunciou que visa reduzir suas 27 unidades de publicidade a menos da metade, simplificando e aumentando a eficiência do seu processo de compra de promoções.

A rede social também atraiu anunciantes de maior peso: em abril, recuperou a General Motors Co., a um ano dessa empresa ter anunciado que retiraria suas publicidades do serviço.

“Por muito tempo era claro que a Facebook Inc. poderia aproveitar muito melhor seu 1,1 bilhão de usuários”, disse Michael Pachter, analista da Wedbush Securities Inc. em entrevista de Los Angeles. “Pode parecer simples, mas sempre soubemos que se eles tentassem mais, eles conseguiriam”.

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