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Fábricas da GM em SP entram em greve por reversão de demissões

Segundo sindicatos dos metalúrgicos, as unidades só voltarão a produzir após a GM cancelar as demissões

Ainda não há informações sobre o total de trabalhadores atingidos, mas o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos fala em demissões em massa (Jasper Juinen/Getty Images)

Ainda não há informações sobre o total de trabalhadores atingidos, mas o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos fala em demissões em massa (Jasper Juinen/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 23 de outubro de 2023 às 11h30.

Última atualização em 23 de outubro de 2023 às 12h53.

As fábricas da General Motors (GM) no Estado de São Paulo estão paradas nesta segunda-feira, 23, por causa da greve, aprovada pelos metalúrgicos em assembleias, contra as demissões anunciadas pela montadora no sábado, 21.

Segundo sindicatos dos metalúrgicos, as unidades só voltarão a produzir após a GM cancelar as demissões, comunicadas por telegramas e e-mails enviados a trabalhadores das fábricas de automóveis em São José dos Campos e São Caetano do Sul, assim como da unidade que produz componentes em Mogi das Cruzes.

Ainda não há informações sobre o total de trabalhadores atingidos, mas o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos fala em demissões em massa.

Queda de vendas e exportações

A montadora alega que precisa adequar o quadro de funcionários em razão da queda das vendas e das exportações. Um mês atrás, apontando a piora das expectativas não só ao fim deste ano, mas também para 2024, a GM propôs a abertura de um programa de demissões voluntárias, com incentivos ao desligamento. A medida foi, porém, rejeitada pelos trabalhadores em assembleias.

O sindicato de São José dos Campos acusa a montadora de romper um acordo de manutenção de empregos assinado em junho, quando a GM suspendeu contratos de 1,2 mil trabalhadores e reduziu a apenas um turno a produção da unidade que produz a picape S10 e o utilitário esportivo TrailBlazer.

Segundo o sindicato, as demissões atingiram não só os trabalhadores que estavam na fábrica, mas também operários que estão em layoff, isto é, com contratos suspensos.

Com a greve, a fábrica de São José dos Campos deixa de montar cerca de 150 carros por dia, diz o sindicato.

A unidade, além de veículos, produz motores e transmissão.

"Não vamos produzir um parafuso sequer enquanto as demissões não forem canceladas", promete o vice-presidente do sindicato de São José dos Campos, Valmir Mariano.

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