Com a fusão, a participação das empresas brasileiras no mercado nacional poderá ser de 80% (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - No setor de brinquedos brasileiro "uma meia dúzia" de empresas estudam uma fusão, de acordo com Synésio Batista da Costa, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). A associação acredita que a fusão deve ser anunciada ainda no primeiro semestre, mas de acordo com Carlos Tilkian, presidente da Estrela, a idéia ainda está sendo amadurecida e está muito longe de se concretizar.
"Se sair (a fusão) com certeza a Estrela participaria, até porque a idéia foi nossa" afirmou Tilkian. Para ele, é mais fácil para a Estrela participar porque ela é a única que tem capital aberto e "os fundamentos básicos estabelecidos", mas "é um projeto que está em estruturação" disse. Os nomes das outras empresas envolvidas no acordo não foram divulgados.
A idéia da fusão surgiu da pulverização desse mercado no Brasil, que tem 445 fabricantes de brinquedos, e vem sendo estudada há alguns anos para fortalecer o setor. Os brinquedos nacionais representam cerca de 60% do mercado brasileiro, de acordo com a Abrinq, e no mercado mundial "a participação brasileira é próxima de zero" segundo Tilkian. Com a fusão, associada a medidas governamentais, a participação no mercado interno iria para cerca de 80% a 90% de acordo com Tilkian.
Em 2009 o setor de brinquedos solicitou ao governo algumas medidas, como diminuição na alíquota de impostos e política trabalhista flexível, por exemplo, mas até o momento não obteve nenhum resultado concreto. "É importante a gente não se iludir, mantida a macroeconomia atual, só um grupo forte não adianta", afirmou Tilkian.