Dolly: ela disse que não praticou nem compactua com qualquer tipo de sonegação fiscal (Dolly/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 19 de maio de 2017 às 09h29.
Última atualização em 15 de janeiro de 2019 às 14h20.
São Paulo – A Ragi Refrigerantes, fabricante das bebidas da marca Dolly, está sendo investigada por sonegação de impostos. A empresa é alvo da Operação Clone, da Secretaria da Fazenda de São Paulo.
As empresas do grupo “são suspeitas de inadimplência fraudulenta do ICMS, embaraço de fiscalização e organização de fraude fiscal estruturada”. O grupo tem cerca de R$ 2 bilhões em dívidas no ICMS e já recebeu autos de infração de valores milionários.
Segundo comunicado da Secretaria, as empresas do grupo têm deixado de responder a inúmeros comunicados desde o ano passado e jamais receberam fiscais da pasta para esclarecimentos.
Os agentes da Secretaria investigaram seis instalações da companhia: três em Diadema, uma em Tatuí e em dois escritórios na capital paulista.
Nos últimos anos, a companhia teve sua inscrição estadual cassada pelo Fisco e foi impedida de funcionar. No entanto, “há indícios de que elas ainda hoje continuam operando irregularmente, sem inscrição estadual, mediante estabelecimentos localizados em outras regiões para simular operações com refrigerantes e sucos”, diz nota.
Em nota, a Dolly disse que não praticou nem compactua com qualquer tipo de sonegação fiscal.
Ela afirma ter sido vítima de seu escritório contábil, que durante anos, omitiu do Fisco dados importantes, o que gerou desfalque milionário com falsificação de sentenças, fraude de guias e documentos.
Segundo ela, um dos sócios do escritório contábil já prestou depoimento a favor da Dolly ao Ministério Público e Polícia Federal, assumindo o desvio do dinheiro que seria destinado ao pagamento dos impostos.
A Dolly diz ainda que “quer esclarecer o mais rápido todos esses fatos, contribuir com as investigações e provar sua inocência”.