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Fábrica da Cummins opera com 40% da capacidade

Em 2014, a produção já tinha caído 22,7% em relação ao ano anterior, com 54,1 mil unidades de motores a diesel


	Em 2014, a produção já tinha caído 22,7% em relação ao ano anterior, com 54,1 mil unidades
 (Divulgação)

Em 2014, a produção já tinha caído 22,7% em relação ao ano anterior, com 54,1 mil unidades (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 14h27.

São Paulo - A Cummins, maior fabricante independente de motores a diesel no País, além de geradores de energia e filtros, vai operar com apenas 40% da capacidade da fábrica de Guarulhos (SP) neste ano. Com a queda na produção de caminhões, que no primeiro bimestre chegou a 44% em comparação ao mesmo período de 2014, a empresa projeta a produção de apenas 45 mil equipamentos, 16,8% a menos do que no ano passado.

Em 2014, a produção já tinha caído 22,7% em relação ao ano anterior, com 54,1 mil unidades. A fábrica tem capacidade anual para 111 mil propulsores. Por causa da ociosidade, a empresa dará folgas durante 13 sextas-feiras aos funcionários da produção até junho.

"Os dias parados serão compensados no segundo semestre, se houver uma melhora do mercado, ou em 2016", diz Luis Afonso Pasquotto, presidente da Cummins América do Sul. Segundo ele, no ano passado foram demitidos 145 trabalhadores. O grupo emprega atualmente 1,9 mil pessoas em duas fábricas em Guarulhos e na unidade de distribuição.

Pasquotto prevê para o ano um mercado total de 100 mil a 115 mil caminhões, ante 137 mil no ano passado, que já havia sido 11% menor que os resultados de 2013. As vendas de ônibus devem cair 8%. Para ele, o ajuste fiscal e a operação Lava Jato terão impactos no setor, "mas a empresa opera no País pensando no longo prazo".

Em 2014, o grupo já havia desistido de construir uma fábrica em Itatiba (SP), destinada à produção de geradores elétricos, componentes e filtros, um investimento de US$ 100 milhões anunciado em 2010.

Segundo o executivo, naquele momento o mercado interno estava aquecido e havia chances de exportação - perdidas nos últimos anos por causa da falta de competitividade do produto nacional.

O grupo chegou a exportar 50% da produção no início dos anos 90, mas essa participação hoje não passa de 10%. "Há casos, por exemplo, em que é mais barato exportar da Índia para a Bolívia do que do Brasil", diz.

Ontem, ao apresentar o balanço global, Pasquotto informou que a Cummins obteve faturamento de US$ 19,2 bilhões no mundo todo no ano passado, 11% a mais que em 2013.

A América do Sul faturou US$ 1,52 bilhão, pouco abaixo do US$ 1,6 bilhão do ano anterior. O Brasil, por sua vez, respondeu por 53% da receita bruta da região, participação que era de 59% um ano antes.

Nacionalização

A Cummins vai investir US$ 48 milhões no País este ano, sendo US$ 11 milhões para a nacionalização de duas famílias de motores atualmente importadas da China. Uma delas, destinada a picapes, caminhões e ônibus leves, começa a ser produzida este ano e a outra em 2016.

A Cummins continua recorrendo a caminhões pipa para complementar a água necessária para as torres de resfriamento das fábricas. Em dezembro eram quatro caminhões por dia, mas hoje são necessários 12. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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