Administrar várias tarefas ao mesmo tempo pode ser uma estratégia para desenvolver a inovação
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2011 às 19h31.
São Paulo - Quanto mais metas e responsabilidades um gestor tiver além do que ele pode controlar diretamente, mais soluções inovadoras ele vai propor. Esta foi a conclusão de um estudo de campo de Robert Simons, pesquisador da Harvard Business School, nos Estados Unidos.
Ele analisou 102 organizações de vários setores para entender melhor o conflito entre manter os resultados e a posição no mercado e, ao mesmo tempo, pensar em novos produtos e oportunidades inovadoras. Simons viu que as empresas podem priorizar esses objetivos de duas formas: alterando os recursos disponíveis ao gerente ou os parâmetros de avaliação do mesmo.
Em 70% das empresas, os gestores foram orientados a cumprir metas que ultrapassavam os recursos controlados por eles. Esse desequilíbrio foi proposital, para incentivar os gestores a criarem estratégias inovadoras.
Para impulsionar a inovação em um banco de investimentos, por exemplo, os chefes dos grupos de trabalho ficaram responsáveis por dar continuidade aos seus próprios negócios, sendo livres para escolher como distribuir recursos e quando reduzir os gastos para aumentar os lucros. Antes, eles eram incumbidos apenas por uma gama pequena de tarefas pré-definidas. Essa mudança fez com que eles buscassem soluções inovadoras para cumprir as novas tarefas.
Em uma outra empresa, ao contrário, os gestores queriam controlar mais as operações e limitar a inovação, para reduzir custos e ser mais eficiente. Para cumprir esses objetivos, as áreas de responsabilidade dos gestores passaram a ser rigorosamente definidas, com normas claras de desempenho. O resultado foi menos inovação e mais precisão nos resultados.