logo da Hyundai: tamanho da venda repeliu investidores em um momento de resistência intensificada do mercado à tendência de impérios de negócios familiares da Coreia do Sul (REUTERS/Truth Leem/Files)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 08h36.
Seul - A Hyundai Motor disse nesta terça-feira que o presidente do seu Conselho de Administração e seu filho falharam em vender cerca de 1,25 bilhão de dólares em ações da afiliada Hyundai Glovis, complicando o movimento de sucessão no segundo maior conglomerado familiar da Coreia do Sul.
O tamanho da venda repeliu investidores em um momento de resistência intensificada do mercado à tendência de impérios de negócios familiares da Coreia do Sul, conhecidos como chaebols, colocarem o interesse familiar acima do de acionistas comuns, disseram analistas.
"O anúncio de venda em bloco foi súbito e inesperado", afirmou Kim Sung-soo, gestor de fundos na LS Asset Management, que detém ações na Hyundai Glovis.
"O mercado receberá operações bem somente se elas ocorrerem como esperado e de uma maneira racional", completou.
O presidente do Conselho da Hyundai Motor, Chung Mong-koo, e o vice-presidente do Conselho, Chung Eui-sun, ofereceram na segunda-feira 5,02 milhões de ações a um preço de 264.000 a 277.500 wons (244 a 256 dólares) cada, desconto de até 12 por cento sobre o último preço de fechamento da Hyundai Glovis.
A venda fracassou devido a seu grande tamanho e uma vez que "algumas condições não foram cumpridas", disse a Hyundai Motor em comunicado, acrescentando que não pretendia retomar o negócio no momento.
A transação ajudaria Eui-sun, filho único de Mong-koo, a comprar fatias em importantes unidades como a Hyundai Mobis como parte de uma reestruturação antes de uma mudança geral de liderança, disseram analistas.