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Executivo exclui BB de plano oficial de reduzir crédito

Segundo Paulo Caffarelli, notícias de que o governo solicitou aos bancos públicos uma redução na oferta de crédito excluem o Banco do Brasil


	Agência do Banco do Brasil em Brasília: BB foi o único a elevar a projeção de crédito para este ano, de crescimento de 16% a 20%, para 17% a 21%
 (Adriano Machado/Bloomberg News)

Agência do Banco do Brasil em Brasília: BB foi o único a elevar a projeção de crédito para este ano, de crescimento de 16% a 20%, para 17% a 21% (Adriano Machado/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 17h36.

São Paulo - As notícias de que o governo solicitou aos bancos públicos uma redução na oferta de crédito excluem o Banco do Brasil, de acordo com Paulo Caffarelli, vice-presidente de atacado, negócios internacionais e private bank do BB. "Isso não se aplica a nós. Nossa projeção de crédito está mantida", disse em reunião com analistas e investidores na tarde desta quarta-feira, 23.

Na divulgação de balanços do segundo trimestre, o BB foi o único a elevar a projeção de crédito para este ano, de crescimento de 16% a 20%, para 17% a 21%. Na contramão, os bancos privados reduziram suas previsões.

Caffarelli destacou ainda as oportunidades em infraestrutura. "Nunca tivemos oportunidades tão importantes como agora para infraestrutura. São mais de R$ 1,5 trilhão e os investimentos são muito importantes para a continuidade do crescimento."

Inadimplência

O BB rejeita qualquer preocupação adicional com o índice de inadimplência, conforme Walter Malieni Júnior, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos, também presente à reunião. O número de calote apura pela instituição, considerando atrasos acima de 90 dias, encerrou junho em 1,87%, melhora de 0,3 ponto porcentual ante março. Enquanto isso, a inadimplência ficou em 3,40%.

"A inadimplência está absolutamente sobre estrito controle", acrescentou Caffarelli, explicando que a preocupação com uma possível elevação no número de calotes não se confirmou.

Basileia 3

O BB não possui estudo que aponte a necessidade de aumento do capital nos próximos anos devido à implementação das novas regras de Basileia 3, que se iniciou este mês. A informação é de Ivan Monteiro, vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores. "O banco trabalha com adicional de capital", afirmou no encontro com analistas e investidores.

Ele relatou, porém, que o banco vai levar ao Conselho de Administração uma discussão sobre os impactos de Basileia 3 no capital da instituição. É um tema que, conforme o executivo, deve gerar debate, uma vez que está apenas começando. "As novas regras de Basileia 3 serão discutidas com bastante intensidade no conselho de administração do BB. Hoje não há resposta para isso."

Sobre o comportamento dos spreads (diferença de quanto o banco paga para captar e o quanto cobra para emprestar), Monteiro disse que se o banco tiver elevação do custo de captação, o mesmo será repassado ao consumidor final. Ele afirmou ainda que há uma guerra de spreads no segmento de crédito consignado (com desconto em folha). "É um mercado bastante concorrido."

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