Explosão em Mina de carvão da Vale em Moatize (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2011 às 21h05.
Nova York - O minério de ferro irá continuar no intervalo de 120 a 180 dólares por tonelada no curto prazo, enquanto a China, um vetor de crescimento do consumo de aço da Ásia, refreia sua economia em face das ameaças inflacionárias, afirmou um executivo da gigante mineradora Vale.
Mas é esperado um crescimento para o mercado do ingrediente chave para a produção de aço, à medida que a Ásia levanta sua infraestrutura e as siderúrgicas do Ocidente estão estagnadas, disse à Reuters o diretor de Minério de Ferro e Estratégia da Vale, José Carlos Martins.
"Para a maior parte deste ano, o preço foi de cerca de 180 dólares", ele disse. "Eu não acredito que no próximo ano o preço ficará acima de 180 dólares ou abaixo de 120. O cenário é de moderado a bom".
Mais cedo, a Vale reduziu seu orçamento de gastos de capital para 2012 em 11 por cento e adiou o seu maior projeto de minério de ferro por dois anos diante da queda dos preços de commodities e atrasos ambientais.
"Na Europa e América, no mundo ocidental, o mercado está meio que estagnado. A produção de aço no mundo ocidental está 15 a 20 por cento abaixo do nível pré-crise. Então, o mercado ocidental nunca se recuperou", disse Martins, notando que houve uma nova rodada de moderação financeira, "o que não é bom para o consumo de aço porque está muito relacionado à construção e à infraestrutura".
"Estes países não possuem espaço suficiente para promover crescimento, então nós não vemos o mundo ocidental se movendo, provavelmente ficará estável", disse ele.
Mas por outro lado, ele disse que a China era o principal fator por trás do crescimento do consumo do aço na Ásia.
"A China está enfrentando um ambiente inflacionário, então eles colocaram várias restrições na econômica para prevenir a alta da inflação. O cenário inteiro não é tão bom pelo menos para a siderurgia, ou para o minério de ferro."