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EXCLUSIVO: Softplan faz a 11ª aquisição e reforça apetite por novos negócios

Com mais de 30 anos de mercado, a empresa começou a comprar outros negócios em 2020, como uma estratégia de consolidar mercados em áreas como construção civil, jurídica e transformação digital

Eduardo Smith, da Softplan: iremos comprar entre 2 e 4 empresas ao longo deste ano (Softplan/Divulgação)

Eduardo Smith, da Softplan: iremos comprar entre 2 e 4 empresas ao longo deste ano (Softplan/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 6 de maio de 2024 às 18h12.

Última atualização em 6 de maio de 2024 às 18h24.

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Grupo com plataformas de gestão no modelo SaaS, a Softplan anuncia a primeira compra do ano e a 11ª desde que colocou em marcha um plano de crescer a partir de aquisições, em 2020. A escolhida da vez é a Deep Legal, plataforma que analisa uma série de dados e processos jurídicos para criar uma base preditiva. 

Em pouco mais de três anos, a companhia investiu cerca de R$ 500 milhões para aumentar as ofertas aos clientes privados. A unidade de negócio está estruturada nas verticais de construção civil, jurídica e transformação digital

Em 2024, a divisão deve fechar representando 60% da receita — os 40% restantes são da divisão pública. A estimativa é de encerrar dezembro com R$ 921 milhões, sem considerar futuras aquisições.  

O que faz a startup

No mercado desde 2019, a Deep Legal foi criada por Vanessa Louzada e Raul Figueiredo e Ricardo Rezende, profissionais que permanecerão na operação.  

Pelo acordo de venda, eles recebem parte do capital agora e o restante está relacionado aos resultados do negócio ao longo dos próximos quatro anos. O valor da transação não foi revelado.

A startup tem no portfólio pouco mais de 40 clientes, como Volkswagen, PicPay e Santander. No ano passado, faturou R$ 4,5 milhões. 

A compra da Deep, segundo a Softplan, pela necessidade de adicionar a camada de “jurimetria”, como o serviço é conhecido. A vertical estava estruturada apenas com produtos de gestão e de automação. 

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A importância da vertical jurídica para o negócio

“Essa plataforma nos permite trabalhar não só com os dados dos clientes, mas também trabalhar com os dados públicos e colocar uma inteligência em cima disso”, afirma Sérgio Cochela, diretor da área de legaltech privada da Softplan, e cofundador da Projuris, uma das primeiras adquiridas pelo grupo

“Com as informações extraídas a partir de uma base de dados de centenas de milhões de processos, ele pode montar estratégias de defesa, por exemplo”.  

No curto prazo, novas empresas devem ser integradas à operação. A Softplan não abre datas, mas está “namorando” negócios que usam IA generativa. “Essa parte de eficiência, de automação, de repetição dentro dos nossos clientes tem uma demanda muito forte”, diz Cochela. 

O braço jurídico da Softplan representa 15% do negócio total. Os serviços atendem hoje mais de 5 mil escritórios de advocacia e aproximadamente 850 departamentos jurídicos de médias e grandes empresas.

Os próximos passos da Softplan

Uma das estratégias a partir de agora é estimular a venda cruzada, conectando os clientes atuais com a nova plataforma. Esse tem  sido um dos caminhos explorados pela Softplan para fazer com que as adquiridas acelerem o crescimento. De acordo com números do negócio, a expansão média ponderada está em 39,9%. 

“Pegando as experiências anteriores, nós temos um mar de oportunidades para fazer cross-selling. Podemos levar essas soluções para a base de clientes e acelerar ainda mais o crescimento dessas empresas”, afirma Eduardo Smith, CEO da Softplan. 

O executivo assumiu em 2021, meses após a estratégia de crescimento inorgânico começar a ser posta em prática. Antes, ficou quatro anos no conselho da empresa.

Desde que o movimento foi iniciado, a Softplan viu o faturamento saltar de R$ 341 milhões em 2020 para R$ 727 milhões no ano passado. 

As transações foram financiadas por caixa própria e também pela emissão de uma debênture no final de 2022, no valor de R$ 130 milhões. 

Com o plano de manter o ritmo de compras, projetado entre duas e quatro neste ano, a companhia está estudando qual será a estrutura a usar para financiar os novos negócios. 

“Nós conseguimos fazer aquisições um pouco menores, especialmente, com a nossa própria geração de caixa. Mas, para a outra parte, nós dependemos de captação de recursos, seja de dívida, seja de equity”, diz Smith. A opção mais provável é a emissão de uma nova debênture.

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