Monte dei Paschi di Siena: é o banco mais antigo ainda em funcionamento, fundado em 1472. Ainda assim, passou por diversos problemas nos últimos anos, envolvendo suspeitas de fraudes em aquisições e endividamento (©afp.com / Fabio Muzzi)
Karin Salomão
Publicado em 3 de novembro de 2014 às 14h29.
São Paulo - Três ex-executivos do banco Monte dei Paschi foram sentenciados à prisão, incluindo um ex-presidente. A informação é do jornal italiano Corriere della Sera.
Os três executivos são acusados de esconder um contrato de derivativos para mascarar suas dívidas e prejuízos, segundo o New York Times.
O banco é o mais antigo ainda em funcionamento, fundado em 1472. Ainda assim, passou por diversos problemas nos últimos anos, envolvendo suspeitas de fraudes em aquisições e endividamento.
Entre os executivos sentenciados, está o antigo presidente Giuseppe Mussari, condenado a três anos e meio de prisão. Antonio Vigni, antigo diretor geral do Monte dei Paschi, e Gianluca Baldassarri, antigo diretor de finanças digitais, também foram presos.
Mussari, que também presidiu a Associação Bancária Italiana, foi presidente do banco italiano de 2006 a 2012. Durante sua presidência, comprou outro banco italiano, o Antonveneta, por 9 bilhões de euros.
Logo, a aquisição se tornou controversa, por alegadamente ter violado leis de competição de mercado. Segundo o jornal Il Fatto Quotidiano, os trâmites das negociações eram desconhecidos das autoridades financeiras e o banco foi adquirido por um montante muito acima de seu valor. Quando o escândalo estourou, Mussari saiu do banco.
Na semana passada, o Monte dei Paschi foi o maior banco a falhar no teste de estresse europeu, o que significa que não teria capital o suficiente para sobreviver a uma crise econômica, segundo o Business Insider.