Luciano Barreto, presidente para o Brasil da Almundo (Almundo/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 31 de agosto de 2017 às 15h51.
Última atualização em 4 de setembro de 2017 às 09h24.
São Paulo - A Almundo, empresa de viagens argentina, chegará ao Brasil em 2018 com planos ambiciosos. Ela quer faturar 200 milhões de reais no primeiro ano de operação e fechar o segundo ano com cerca de 500 milhões de reais em faturamento.
A agência, criada em 1991 na Argentina, já fatura 500 milhões de dólares globalmente.
O Brasil faz parte de seu plano de expansão internacional. A empresa estava concentrada no mercado argentino, onde foi criada há 26 anos, com o nome de Asatej Viajes. Em 2013, foi adquirida pelo grupo Iberostar, que traçou um novo plano de negócios para a agência de viagens.
No mesmo ano, ela abriu seus primeiros escritórios fora da Argentina, no México e na Colômbia. Já em 2018 irá iniciar sua operação no Brasil.
A agência de viagens tem 60 pontos de venda físicos na Argentina, 3 no México e 1 na Colômbia. No Brasil, a operação será inteiramente online, com um site, aplicativo e call center.
Para Luciano Barreto, presidente da divisão brasileira da empresa, o mercado online de viagens está em pleno crescimento. Mais de metade das vendas da agência já são feitas virtualmente.
A equipe de Barreto já tem 30 pessoas e é formada por profissionais que trabalharam ao seu lado quando ele estava na Submarino Viagens e na divisão de turismo da B2W. O plano é chegar a 90 colaboradores até o fim do ano.
Globalmente, a companhia tem cerca de 1.000 funcionários, a maior parte na Argentina.
Não será fácil para a Almundo entrar no mercado brasileiro, com concorrentes de peso. A CVC, por exemplo, teve receita bruta de 1,14 bilhão de reais em 2016. Ela também é dona do Submarino Viagens.
A Almundo aposta em oferecer uma experiência completa. Da pesquisa de um novo destino à reserva de voos e hotéis e até o pós venda, o objetivo é estar presente em cada passo da viagem.
A agência também irá focar em outros aspectos, como passagens de ônibus, trem, atividades e até roteiros para a Disney. "Queremos tirar a fricção do consumidor e oferecer tudo em um mesmo lugar", afirmou o presidente.
Outra estratégia da empresa é usar a tecnologia a seu favor. Além de investimentos no sistema, a agência firmou uma joint venture com a Vravel, startup de realidade virtual focada em viagens.
"As pessoas podem descobrir novos destinos e ter a experiência mesmo antes de viajar", afirma Barreto.