Saída de Jon Rubinstein da HP tem significado simbólico por demonstrar a perda de importância do portfólio da Palm para a HP (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2012 às 10h01.
São Paulo - Um dos nomes mais importantes na história da Palm, seu ex-CEO Jon Rubinstein, anunciou sua saída da HP, empresa onde trabalhava desde o início de 2010, quando a Palm foi comprada pela HP.
Pelo acordo de aquisição, Jon deveria ficar por um prazo de 12 a 24 meses a serviço da HP. Este tipo de regra é praxe em operações de compra, pois o novo controlador não deseja desestruturar a empresa que adquire e pede que seus principais executivos permaneçam trabalhando ao longo de um período mínimo de transição.
Antes de trabalhar na Palm, Jon Rubinstein, atuou na Apple, no time que desenvolveu os primeiros modelos de iPod. Sua saída da HP tem significado simbólico por demonstrar a perda de importância do portfólio da Palm para a HP.
Pioneira no desenvolvimento de dispositivos móveis, a Palm pode ser considerada precursora dos atuais smartphones e era avaliada como uma das empresas mais brilhantes no mercado de computação pessoal até o início dos anos 2000.
Sem espaço no mercado após a ascensão dos produtos da Nokia, Motorola e sobretudo BlackBerry e iPhone, a Palm tentou uma reação ao apresentar o Palm Pro, movido a WebOS. O sistema operacional criado pela Palm foi um dos ativos mais importantes que levou a HP a comprar a companhia.
Quando surgiu, ainda em 2009, o WebOS era capaz de permitir aos smartphones realizar múltiplas tarefas, característica muito precária no iOS e BlackBerry. Apesar da inovação, no entanto, os produtos com WebOS não conquistaram os consumidores.
Nos últimos 18 meses, Rubinstein trabalhou justamente no desenvolvimento de uma nova versão do WebOS. O futuro do sistema, no entanto, é incerto, uma vez que a HP pode simplesmente descontinuá-lo.
Em breve nova, a HP elogia a atuação de Rubinstein na companhia e diz que o executivo deixou “contribuições de grande valor” para a companhia.