Negócios

Eurofarma lança primeiro genérico antitabagista do Brasil

Princípio ativo usado pelo laboratório é o mesmo do medicamento de marca Zyban, fabricado pela GlaxonSmith-Kline, o que gerará uma disputa entre as empresas

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2012 às 19h05.

Em julho, a Eurofarma lançará o primeiro medicamento genérico antitabagista fabricado no Brasil. O princípio ativo será o cloridrato de bupropiona, o mesmo usado pela britânica GlaxoSmith-Kline no medicamento de marca Zyban, também voltado para quem quer parar de fumar. Segundo a Eurofarma, não se trata de uma mera coincidência. O sucesso do remédio da Glaxo animou o laboratório de genéricos.

Segundo dados do IMS Health, instituto internacional especializado na indústria farmacêutica, entre abril de 2004 e abril de 2005, o Zyban gerou vendas de 3,2 milhões de dólares apenas no Brasil, o equivalente a 82 000 caixas comercializadas. Os números mostram um mercado em franca expansão. O faturamento foi 78% maior que o registrado entre abril de 2003 e abril de 2004, por exemplo.

São dados assim que estimularam a Eurofarma a entrar nesse mercado. Segundo Antonio de Pádua Elias de Almeida, gerente de produtos da divisão de genéricos da empresa, assim como ocorre com outros genéricos, a principal arma para conquistar consumidores será o menor preço de vendas. No caso da bupropiona, o laboratório estima uma diferença de 35% em relação ao Zyban. Na versão com 60 comprimidos, isso representaria uma economia de 62 reais por caixa. Como o tratamento demora, em média, três meses e uma caixa dura 30 dias, a economia para cada usuário poderia chegar a quase 190 reais. No primeiro ano de fabricação do genérico, a companhia espera conquistar 15% do mercado atualmente dominado pela Glaxo.

"É uma diferença significativa de preço. Nossas pesquisas mostraram que muitos não aderem ao tratamento contra o fumo por falta de recursos", diz Pádua. De acordo com o executivo, o medicamento atenderá apenas o mercado interno. Não há planos imediatos de exportá-lo.

Acompanhe tudo sobre:CigarrosEmpresasEurofarmaRemédios

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'