Negócios

EUA pedem a juiz para forçar AT&T a desistir de comprar Time Warner

Departamento de Justiça tanta forçar, ao menos, um grande corte na transação de 85 bilhões de dólares para a compra do grupo de mídia

AT&T: juiz distrital deve decidir sobre pedido do Departamento de Justiça dos EUA em 12 de junho (Jim Young/Reuters)

AT&T: juiz distrital deve decidir sobre pedido do Departamento de Justiça dos EUA em 12 de junho (Jim Young/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 8 de maio de 2018 às 22h55.

Em seu último esforço, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu a um juiz federal do país para impedir a AT&T, que detém a DirecTV, de comprar o grupo de mídia Time Warner ou pelo menos para forçar um grande corte na transação de 85 bilhões de dólares.

O juiz distrital Richard Leon deve decidir sobre o assunto em 12 de junho.

Em documentos enviados ao tribunal na semana passada e tornados públicos nesta terça-feira, o Departamento de Justiça dos EUA reiterou que se a AT&T controlar a Time Warner, a empresa terá incentivo e oportunidade de impedir a veiculação de programação da CNN, HBO e de esportes ao vivo em companhias de TV paga rivais, como a Charter Communications.

O governo norte-americano também avalia que a empresa terá incentivo para recusar licenciar seu conteúdo para empresas de transmissão pela Internet como a Hulu, já que esses serviços mais baratos afetam as receitas de TV paga.

O governo dos EUA estimou o aumento do custo para os rivais do setor em 580 milhões de dólares por ano e pediu que a transação proposta entre AT&T e Time Warner seja considerado ilegal e interrompido.

Washington avalia que o juiz pode ordenar que a AT&T venda um ativo - seja a DirecTV, com mais de 20 milhões de assinantes, ou os canais Turner, da Time Warner.

"A evidência demonstrou que a maior parte (embora não todos) dos efeitos anticoncorrenciais fluem da combinação de Turner com a DirecTV", disse o Departamento de Justiça.

A AT&T disse que o juiz deveria rejeitar qualquer pedido do governo para forçá-la a vender a DirecTV ou a Turner, alegando que isso "destruiria o valor que essa fusão foi projetada para desbloquear".

A AT&T e a Time Warner também disseram que o acordo ajudaria as empresas a com grupos da Internet como Facebook e Netflix. "O governo nem sequer começou a produzir um caso que demonstre que a fusão prejudicará a concorrência substancialmente ou mesmo um pouco", disse a AT&T.

A companhia de telecomunicações também argumentou que as taxas de licenciamento da Time Warner na TV paga e nos distribuidores online são valiosas demais para a empresa renunciar.

A AT&T ainda procurou acalmar os críticos ao diz que está disposta a colocar em arbitragem qualquer discordância com os distribuidores de conteúdo sobre os preços cobrados pelas redes da Time Warner e prometeu não cancelar programação durante o processo de arbitragem por sete anos.

O governo norte-americano rejeitou a oferta da AT&T afirmando que ela é insuficiente, uma vez que cobre apenas os canais de Turner, não a HBO.

Acompanhe tudo sobre:AT&TEstados Unidos (EUA)Fusões e AquisiçõesJustiçaTime Warner

Mais de Negócios

Maternidade impulsiona empreendedorismo feminino, mas crédito continua desafio

Saiba como essa cabeleireira carioca criou o “Airbnb da beleza”

Eles saíram do zero para os R$ 300 milhões em apenas três anos

Conheça a startup que combina astrologia e IA em um app de namoro