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EUA darão à Huawei mais 90 dias para comprar de americanos, dizem fontes

Em maio, governo americano permitiu que a empresa chinesa adquirisse alguns bens, pouco depois de incluir a companhia em sua "lista negra"

Huawei: empresa sofre sanções do governo norte-americano (Daniel Becerril/Reuters)

Huawei: empresa sofre sanções do governo norte-americano (Daniel Becerril/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2019 às 13h19.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos deve estender autorização para que a Huawei adquira produtos de fornecedores americanos para que a empresa chinesa possa atender a contratos com clientes já em vigor, afirmaram duas fontes familiarizadas com a situação.

A "licença temporária" será prorrogada em 90 dias, disseram as fontes.

O governo inicialmente permitiu que a Huawei adquirisse alguns bens norte-americanos em maio, pouco depois de vetar a companhia, em uma medida para tentar minimizar a disrupção para os seus clientes, muitos dos quis operam redes em áreas rurais dos EUA.

A extensão vai renovar acordo previsto para acabar em 19 de agosto, permitindo que a empresa chinesa possa manter redes de telecomunicação já instaladas e atualizar softwares a aparelhos da Huawei.

A situação envolvendo a licença, que se tornou um ponto chave de barganha dos EUA em suas negociações comerciais com a China, permanece fluida e a decisão de estender a moratória pode mudar antes do deadline de segunda-feira, disseram as fontes.

A expectativa é que o presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, discutam o caso Huawei em um telefonema neste fim de semana, disse uma das fontes.

Huawei não comentou a questão e o ministério de relações exteriores chinês não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Quando o Departamento de Comércio proibiu a Huawei de comprar bens mais cedo este ano, a medida foi considerada uma escalada relevante na guerra comercial entre os dois gigantes econômicos.

O governo dos EUA vetou a Huawei alegando que a companhia chinesa está envolvida em atividades contrárias à segurança nacional ou a interesses da política externa americana.

Como exemplo, a ordem dos EUA citou um processo criminal pendente contra a empresa na Justiça federal envolvendo alegações de que a Huawei violou sanções norte-americanas contra o Irã. A Huawei alegou inocência no caso.

Ao mesmo tempo, os EUA afirmam que os smpartphones e equipamentos da Huawei podem ser usados pela China para espionar norte-americanos, alegações que a empesa têm repetidamente refutado.

A maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo ainda está proibida de comprar partes e componentes norte-americanos para produzir novos produtos sem licenças especiais.

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