Fiat: a montadora foi acusada de usar um software ilegal que permitia que veículos a diesel Jeep Grand Cherokee e Ram emitissem tóxicos acima dos limites legais (Mansi Thapliyal/Reuters/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 15h34.
Última atualização em 12 de janeiro de 2017 às 16h42.
Washington - Reguladores ambientais dos Estados Unidos acusaram a Fiat Chrysler de usar um software que permitir que seus veículos fizessem emissões de poluentes em nível acima do permitido pela lei.
O caso é o mais recente de uma abrangente investida do governo contra as montadoras por supostas transgressões em relação aos poluentes. Há pouco, as ações da Fiat recuavam 13% em Nova York.
A Agência de Proteção Ambiental, dias antes do fim do governo do presidente Barack Obama, entregou uma notificação de violação para a Fiat Chrysler, acusando-a de usar um software ilegal que permitia que veículos a diesel Jeep Grand Cherokee e Ram emitissem tóxicos acima dos limites legais. Os veículos afetados são de modelos entre 2014 e 2016.
A decisão da agência ocorre um dia após seis ex e atuais executivos da Volkswagen serem acusados criminalmente no escândalo de emissão de poluentes da montadora alemã, que envolveu quase 600 mil veículos a diesel nos EUA.
A Volks já admitiu a culpa e concordou em pagar US$ 4,3 bilhões em multa. Em acordos anteriores, a montadora da Alemanha já havia aceitado pagar US$ 17,5 bilhões em processos civis.
As autoridades apontaram que, no caso da Fiat, a atividade ilegal, se comprovada, poderia gerar multa de US$ 4,63 bilhões, baseando-se em pena de US$ 44.539 por cada veículo afetado.
A Fiat afirmou estar "desapontada" com o fato de que a agência apresentou a notificação. Em comunicado, ela disse que pretende mostrar que seus veículos cumpriam todas as exigências regulatórias previstas.
Fonte: Dow Jones Newswires