Atuação da Afya: fundada por médicos, a empresa tem o compromisso de levar profissionais da Medicina a regiões que estão fora dos grandes centros urbanos (Afya/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 15h00.
Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 16h03.
Localizada a 796 km de Salvador, a cidade de Guanambi tem experimentado uma melhoria significativa na saúde local desde a chegada da faculdade de medicina da Afya, em 2018. A instituição de ensino é egressa do programa Mais Médicos II, do governo federal, que autoriza municípios a receberem um curso de medicina com base na baixa densidade médica na região e na carência de serviços de saúde à população.
Junto com outras 19 cidades em que a Afya atua com o curso de medicina, Guanambi fez parte de um estudo inédito encomendado pela empresa. O objetivo era claro e ambicioso: quanto a presença de um curso de medicina é capaz de gerar resultados de longo prazo em uma região? Além de formar médicos em regiões historicamente carentes, que outros impactos o curso de medicina é capaz de causar, de forma a beneficiar a saúde da população?
Fundada por médicos, há 25 anos a Afya se dedica à medicina e tem o compromisso de também levar médicos a regiões fora dos grandes centros. Com parte de suas faculdades de medicina localizadas nas regiões Norte e Nordeste, a Afya facilita a fixação de médicos nessas áreas.
Desde os primeiros semestres, os alunos são imersos na realidade regional, participando de projetos que visam melhorar a saúde local. Esse contato direto com as comunidades ajuda a fixar os profissionais, garantindo um atendimento médico contínuo nessas regiões.
Segundo Leonardo Cavalcante, médico pediatra e diretor-executivo de medicina do grupo, o grande gargalo do país não é a falta de médicos, mas sua distribuição desigual. Estados como o Pará têm apenas 1,33 médico por mil habitantes, em contraste com o Distrito Federal, que possui 6,13 médicos por mil. Além disso, um a cada três brasileiros não tem acesso à saúde básica e 34% da população brasileira não está coberta pelo programa de atenção básica do SUS.
Para mensurar a influência da Afya em indicadores de saúde específicos, foram comparados dados de 20 cidades que possuem escolas de medicina da Afya (grupo de tratamento) com cidades de características similares em tamanho, economia e infraestrutura (grupo de controle). O estudo utilizou uma metodologia mista, integrando dados quantitativos e qualitativos, incluindo informações do Ministério da Saúde (DATASUS) e do IBGE, bem como grupos focais e pesquisas junto a alunos e profissionais da Afya.
De acordo com a avaliação de impacto, a presença das escolas de medicina da Afya resultou em um aumento de 12% no número de médicos por mil habitantes em 2021, o que equivale a 3,9 mil médicos fixados nos municípios avaliados. “Por meio das consultas gratuitas realizadas por nossos alunos e professores médicos, o nosso propósito é justamente oferecer não apenas acesso, mas o mesmo nível de atendimento ao paciente que está na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ao paciente em Santa Inês, no Maranhão, ou no interior do Pará”, afirma Cavalcante.
O estudo apontou que a atuação da Afya também contribuiu para uma redução significativa das taxas de internação por doenças preveníveis e de mortalidade relacionada à atenção primária. Entre 2004 e 2021, as internações por doenças como coqueluche, sarampo e hepatite B caíram 15%, e houve uma redução de 20,5% nas mortes por doenças evitáveis por vacinação. Ao todo, estima-se que as ações de saúde do grupo já salvaram 28,6 mil vidas.
O impacto vai além dos números. A Afya promove uma integração profunda entre seus alunos e as comunidades locais, criando laços que incentivam muitos médicos a permanecerem nas regiões após a formatura. “O médico e futuro médico estão no centro da nossa estratégia. Estamos potencializando a sua formação e atuação com atualização, assertividade e conexão com o ecossistema de saúde, o que sem dúvida tem gerado um impacto muito maior na sociedade e no tratamento dos pacientes”, destaca Virgilio Gibbon, CEO da companhia.
“Promover saúde e bem-estar não é uma iniciativa de curto prazo. É um compromisso de longo prazo com a comunidade local e o poder público”
Virgilio Gibbon, CEO da Afya
“Uma ação acaba sendo a consequência direta da outra. Uma instituição de ensino superior com curso de medicina, instalada em locais distantes dos grandes centros, ajuda a fixar médicos nessas regiões. Ao longo dos seis anos de formação, suas intervenções contribuem para a redução do número de internações, da taxa de mortalidade e, consequentemente, para salvar vidas”, conclui Leonardo Cavalcante.
Além das melhorias identificadas, a Afya quer fazer mais e segue alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com foco em saúde e bem-estar. A companhia recentemente anunciou o compromisso público de realizar 5 milhões de atendimentos gratuitos de saúde à população brasileira até 2030, reforçando seu papel no desenvolvimento da saúde pública no Brasil.
Para ampliar o alcance de suas ações, a Afya também lançou a websérie “Saúde que Transforma” mostrando o impacto positivo de suas escolas de medicina. A série apresenta depoimentos de médicos, alunos e pacientes que tiveram sua vida transformada pelas iniciativas da Afya.