Estácio: o Ebitda disparou quase seis vezes no trimestre encerrado em junho (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 27 de julho de 2017 às 19h35.
Última atualização em 27 de julho de 2017 às 20h11.
São Paulo - A Estácio Participações teve lucro líquido de 166,3 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo de quase 20 milhões registrado um ano antes, em meio a esforços da empresa de educação superior de melhorar eficiência operacional e rentabilidade.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) disparou quase seis vezes no trimestre encerrado em junho sobre o mesmo intervalo de 2016, para 254 milhões de reais, impactado por efeitos não recorrentes na base de comparação.
Assim, o Ebitda "comparável" da empresa saltou 75 por cento, para 261,3 milhões de reais no segundo trimestre. A margem disparou 10,7 pontos percentuais, para 28,6 por cento.
"Esse desempenho é consequência dos esforços que vêm sendo conduzidos pela companhia para aumentar a eficiência operacional e melhorar a gestão de seus custos e despesas", disse a Estácio no balanço.
Em sua busca para melhorar a rentabilidade, o valor médio pago pelos alunos presenciais saltou 11,7 por cento no segundo trimestre, totalizando 751,5 reais. Para ensino a distância (EAD), o chamado "ticket médio" por aluno disparou 27,8 por cento na comparação anual.
A empresa encerrou o primeiro semestre do ano com 540 mil alunos, alta de 0,9 por cento sobre um ano antes, auxiliada por aumento de 10 por cento na base EAD. O número de alunos presenciais, no entanto, caiu 3 por cento.
O total de alunos da Estácio sob programa de incentivo do governo federal Fies, antes um dos motores de crescimento do setor, despencou 15,6 por cento no trimestre sobre um ano antes, para 106,1 mil.
No começo de julho, o governo federal anunciou um novo formato para o Fies a partir de 2018, criando três modalidades de financiamento estudantil e garantindo a oferta de pelo menos 300 mil novos contratos por ano.
A receita operacional líquida da Estácio saltou 9,3 por cento no período, para 913,4 milhões de reais.
As despesas comerciais de abril a junho caíram 37,3 por cento, para 115,6 milhões de reais. Isso aconteceu, especialmente, por conta do menor provisionamento com o Fies, que caiu 99,3 por cento, além de redução de gastos com publicidade em 29,4 por cento.