Sala de aula: iniciativa da Estácio é mais uma na onda de fusões e aquisições que atinge o setor de ensino privado (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 20h13.
Rio de Janeiro - A rede de ensino privado Estácio Participações selou a compra da Uniseb por 615,3 milhões de reais em dinheiro e ações, marcando assim sua entrada definitiva no mercado paulista.
O negócio prevê o pagamento em dinheiro para o equivalente a 50 por cento do capital social da TCA Investimentos e Participações, controladora da Uniseb, informou a Estácio em fato relevante nesta quinta-feira.
O valor restante será pago por meio da incorporação da TCA, com a emissão de 17.853.127 papéis da Estácio, que serão subscritos pelos donos da TCA.
A Uniseb faz parte do Sistema Educacional Brasileiro (SEB), da família Zaher, que em 2010 vendeu para a britânica Pearson os sistemas de ensino COC, Pueri Domus, Dom Bosco e NAME por 613,3 milhões de reais.
Fundada em 1999, a Uniseb tem 37,8 mil alunos e três campi - em Ribeirão Preto, Araçatuba e São José do Rio Preto.
O fundador e controlador da Uniseb, Chaim Zaher, será indicado para integrar o Conselho de Administração da Estácio após a conclusão da operação, segundo o fato relevante.
A operação não inclui as sociedades Empresa Brasileira de Comunicação Multimídia, Instituição Escola Paulista de Ensino Superior (Iepes) e Dom Bosco Ensino Superior, da Uniseb, assim como as filiais da companhia em Maceió, São Paulo e Brasília.
A Estácio poderá, conforme os termos do acordo, optar pela compra destas unidades no futuro.
O negócio ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
"A operação, quando concluída, ampliará a capilaridade da Estácio no ensino superior à distância, agregando 164 novos polos autorizados e marcando a entrada definitiva da Estácio no Estado de São Paulo", afirmou a empresa no fato relevante.
A Estácio afirmou ainda que reforçará sua presença no mercado de ensino presencial, ao agregar um centro universitário com sede em Ribeirão Preto.
A iniciativa da Estácio é mais uma na onda de fusões e aquisições que atinge o setor de ensino privado no Brasil que ainda assim continua bastante fragmentado, com mais de 2 mil instituições.
"A participação das cinco maiores empresas é menor do que 30 por cento", disse recentemente à Reuters o diretor financeiro da Estácio, Virgilio Gibbon.
No começo do ano, a empresa realizou uma oferta de ações subsequente primária e secundária, na qual levantou 768,8 milhões de reais.