O conselho do Lehman está sem diretores desde que o quarto maior banco dos EUA quebrou, no maior pedido de concordata dos EUA, em setembro de 2008 (Oli Scarff/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 11h05.
Nova York - O grupo que cuida do espólio do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers, que entrou em concordata em 2008, está perto de nomear um novo conselho de diretores para ajudar a finalizar a liquidação da empresa, segundo pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pelo Wall Street Journal.
O novo conselho, formado por sete especialistas em reestruturação, bens imóveis e derivativos e que não têm ligação com o Lehman, vai supervisionar a liquidação de dezenas de bilhões de dólares em ativos para beneficiar os credores do banco falido, disseram as fontes.
Entre os candidatos ao conselho estão Sean Mahoney, atual diretor da fornecedora de autopeças Delphi Automotive, e John J. Ray III, ex-presidente da Enron, que supervisionou a reorganização dos ativos da companhia de energia depois que ela entrou em colapso, há uma década.
Ainda não se sabe se Mahoney e Ray serão selecionados para o novo conselho do Lehman e os nomes dos outros candidatos ainda não são conhecidos. Uma das fontes afirmou que executivos ligados ao setor imobiliário do Morgan Stanley e do Goldman Sachs Group estariam entre os candidatos.
Uma porta-voz do Lehman não quis comentar o assunto. A empresa de recrutamento de executivos Korn/Ferry International está atuando como consultora do comitê de seleção do Lehman.
O conselho do Lehman está sem diretores desde que o quarto maior banco dos EUA quebrou, no maior pedido de concordata dos EUA, em setembro de 2008. Um comitê de seleção está entrevistando candidatos e estava perto de fazer ofertas na semana passada, segundo as fontes. O comitê de credores do banco aprovou uma série de possíveis diretores, de acordo com uma das fontes.
A nomeação do conselho faz parte da liquidação final do Lehman, um processo que pode levar mais entre três e cinco anos. No fim, os credores do banco deverão receber US$ 65 bilhões, com os valores individuais dependendo das reivindicações. Muitos credores vão receber menos de US$ 0,20. As informações são da Dow Jones.