Broken whiter ceramic piggy bank in pieces on red surface (PM Images/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 22 de março de 2024 às 10h00.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 09h55.
Todo mundo conhece alguém que já foi vítima de algum golpe financeiro. Trata-se de um efeito colateral da digitalização da economia e com o qual, infelizmente, seremos obrigados a conviver cada vez mais. Como se não bastasse a velha engenhosidade dos criminosos, afinal, a inteligência artificial (IA) generativa está abrindo um novo mundo de possibilidades para eles.
Se os golpistas, por exemplo, já faziam a festa se passando no WhatsApp por algum parente da vítima, imagine as “oportunidades” oferecidas pelos aplicativos, já existentes, que imitam com perfeição a voz de qualquer pessoa.
Mas calma: as instituições financeiras e as autoridades estão cientes da evolução dos golpes financeiros e têm investido para apresentar soluções à altura. Para você proteger seu dinheiro das armadilhas mais comuns, no entanto, basta seguir algumas dicas simples.
Nesse caso, basta encerrar a ligação e entrar em contato com a instituição através dos canais oficiais – se você desconfiar da conversa, claro. “Lembre-se de que o banco nunca liga para o cliente nem para pedir senha ou o número do cartão, nem para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento”, alerta Roberto Giuliani, gerente executivo de prevenção a fraudes do Banco PAN.
Para se proteger dos famosos golpes do WhatsApp, acionar a chamada “confirmação em duas etapas” é meio caminho andado. Ela diminui as chances de seu número ser roubado e utilizado para pedir dinheiro ou transferências. Para adicionar essa camada de segurança, você só precisa acessar as configurações do WhatsApp. A seguir, clique em “conta” e, depois, ative a tal “confirmação em duas etapas”, o que demanda a escolha de uma senha.
Outras dicas de ouro para escapar do mesmo tipo de arapuca: deixe a sua foto de perfil no WhatsApp visível apenas para os seus contatos – assim ninguém pode utilizá-la para golpes – e nunca compartilhe seu código de segurança. “Caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado da linha”, aconselha Giuliani.
Nesse caso, alguém alega ter sido enviado pelo banco em busca do seu cartão. Ora, as instituições financeiras nunca pedem algo do tipo e muito menos despacham portadores até a casa de ninguém em busca de nada. “Se você receber esse tipo de visita, ou uma ligação avisando sobre algo do tipo, não entregue nada”, indica o gerente executivo de prevenção a fraudes do Banco PAN. “E ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta”.
O golpe funciona assim: na hora de cobrar com a maquininha, eles digitam um valor bem maior sem permitir que a vítima se dê conta disso. Para se proteger desse tipo de dor de cabeça, sempre confira o valor das transações no visor da maquininha – principalmente se for utilizar cartão por aproximação. Alguns golpistas também têm a audácia de exigir o pagamento de uma taxa de entrega de um produto que você realmente encomendou – nesse caso, mande o larápio passear e acione a empresa na qual você fez a compra.
Um dos erros mais comuns cometidos por vítimas de golpes financeiros? Clicar em links desconhecidos. Se indicarem uma oferta muito agressiva, pode apostar que é cilada – valores muito abaixo da média costumam ser sinônimo de arapucas. Outra dica é redobrar a atenção ao fazer qualquer tipo de compra. “Se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para outra pessoa”, orienta Giuliani. Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco devidamente uniformizados, e nada de aceitar ajuda de desconhecidos.