São José dos Campos – A Ericsson anunciou, nesta segunda-feira (13/6), investimentos de 10 milhões de reais para a ampliação de sua fábrica em São José dos Campos, no interior paulista. Com a ampliação, a fábrica vai quadruplicar sua produção, passando de 4.000 estações rádio-base em 2008 para 40.000 até o final deste ano.

A unidade em São José dos Campos – uma das quatro fábricas do grupo sueco no mundo -- é responsável por fornecer produtos para as Américas e Caribe. A nova linha de módulos eletrônicos para tecnologia 2G e 3G, principalmente, entra em operação ainda neste mês.

O valor investido agora faz parte do pacote de 1 bilhão de reais que a empresa direcionou ao Brasil nos últimos 10 anos. No final de maio, a Ericsson anunciou investimentos de 40 milhões de reais no Centro de Inovação, em Idaiatuba, também no interior paulista.

O Brasil corresponde entre 3% e 5% do faturamento total do grupo. Aqui, a Ericsson fatura anualmente uma média de 1,7 bilhão de reais. Em 2010 a empresa cresceu 12% e para este ano o valor deve se manter na casa dos dois dígitos. “Ainda não é possível saber o quanto cresceremos, mas o primeiro trimestre foi mais acelerado em relação ao ano passado por conta do 2G e do 3G”, disse Sérgio Quiroga, presidente da Ericsson para América Latina e Caribe, no evento de apresentação da amplicação da fábrica.

Metade do que é fabricado no Brasil é exportado para a região e para a África. Na América Latina, os principais mercados, fora o Brasil, são México, Chile e Argentina. “Acreditamos que há muito espaço para crescimento, ainda mais com a chegada de grandes eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos”, afirma Quiroga. “Em 2020 teremos dez conexões (banda-larga, voz, dados, entre outras) para cada pessoa, o que resultará num total de 2 bilhões de conexões.”

Outro ponto que empolga Quiroga sobre o crescimento da Ericsson é a iminente montagem dos tablets no Brasil. “Seria fantástico para nós, já que eles consomem cinco vezes mais rede do que os smartphones.”

A solenidade contou com a presenção do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante; o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo; e o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg.