Equatorial: a empresa, que já controla distribuidoras no Maranhão e no Pará, ainda precisará fazer um aporte de cerca de 720 milhões de reais na Cepisa, conforme as regras do leilão (Thinkstock/Reprodução)
Reuters
Publicado em 26 de julho de 2018 às 11h50.
Última atualização em 26 de julho de 2018 às 11h57.
São Paulo- A Equatorial Energia arrematou a Cepisa, distribuidora de eletricidade da Eletrobras responsável pelo fornecimento no Piauí, em leilão de privatização realizado nesta quinta-feira na sede da bolsa paulista B3, ao apresentar a única proposta pela empresa.
Na prática, o lance da Equatorial, que já controla distribuidoras no Maranhão e no Pará, representa um pagamento de 95 milhões de reais ao Tesouro a título de bônus de outorga e uma redução de 8,5 por cento nas tarifas praticadas pela Cepisa, que deverá entrar em vigor em 45 dias após a transferência do controle.
A Equatorial ainda precisará fazer um aporte de cerca de 720 milhões de reais na Cepisa, conforme as regras do leilão.
A empresa, que tem como principais investidores fundos e gestoras de recursos, como Squadra Investimentos, Opportunity e BlackRock, ainda analisa outras distribuidoras que a Eletrobras quer privatizar, que operam no Acre, Alagoas, Amazonas, Roraima e Rondônia, disse o presidente do grupo Equatorial, Augusto Miranda.
Ele previu ainda um "ganho sinérgico muito grande" com a incorporação da Cepisa à Equatorial, uma vez que o Piauí faz fronteira com o Maranhão, onde a empresa opera a Cemar.
"O fato de estarmos 'do lado' não há dúvida que é um diferencial. E operar em áreas como operamos, Pará, Maranhão... Isso nos dá tranquilidade, em um Estado como o Piauí, talvez, vamos ter mais facilidade, até", afirmou.
O executivo, no entanto, não quis comentar detalhes sobre os investimentos previstos na empresa e nem como estes serão financiados. Ele afirmou que a Equatorial deverá promover uma teleconferência em breve para discutir esses pontos.