Companhia aérea prevê passagens até 30% mais baratas em 2025 quando comparadas aos preços de 2019 (Paulo Lopes/Futura Press/Exame)
Gabriel Aguiar
Publicado em 9 de dezembro de 2021 às 17h39.
Última atualização em 10 de dezembro de 2021 às 11h06.
A Avianca saiu da recuperação judicial após 18 meses em processo de reorganização sob o capítulo 11 da Lei de Falência dos Estados Unidos e já tem o plano definido para os próximos meses: brigar diretamente com as companhias aéreas low-cost. Para isso, prevê mudanças nas rotas — que já não terão mais conexão na capital colombiana Bogotá — e também na frota de aeronaves.
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Para começar, a empresa voará somente modelos Airbus A320 e Boeing 787, para rotas domésticas e internacionais, respectivamente. Essa unificação da linha permitirá otimizar a logística e baixar os custos de operação. Também serão inauguradas novas categorias de passagens, que terão direito a comodidades como bagagens adicionais e poltronas mais confortáveis (pagos à parte).
Haverá três “classes” para a cabine: na economy, mais barata, as poltronas serão fixas e têm apoios de cabeça embutidos; na plus, intermediária, as poltronas são reclináveis e têm regulagem do apoio de cabeça; na premium, mais cara, o espaço é maior e o assento central é transformado em console. Todos têm tomada USB. Como resultado, a capacidade de passageiros aumentou 20%.
“Temos de entender que os clientes voam com Avianca porque é um produto melhor. Mas se não olharmos para quem voa com low-cost, perderemos cada vez mais relevância. E nós reconhecemos que voar já não mais um luxo e sim algo básico”, diz Adrian Neuhauser, CEO da companhia, durante a coletiva de apresentação do plano, citando os erros de Kodak, Yahoo e Blockbuster.
Pela previsão do executivo, a Avianca terá mais voos e passageiros em 2023 que antes da pandemia — sendo que o processo de atualização das aeronaves deve terminar apenas no fim do próximo ano. Durante a apresentação, Neuhauser garantiu que os preços já estão cerca de 15% mais baratos que eram em 2019. Só que, para 2025, a expectativa é que os valores baixem em até 30%.
Por outro lado, a companhia pretende manter os diferenciais em relação às concorrentes puramente focadas em baixo custo, como acesso a salas VIP dos aeroportos; viagens internacionais com longas distâncias; parceria com a Star Alliance (da qual também fazem parte Copa, Lufthansa, TAP e United, por exemplo); além do programa fidelidade LifeMiles, que pode ganhar mais benefícios.
“Seremos uma low-cost? Não. Mas faremos o que as low-cost fazem. Teremos todas as vantagens de milhagens e parcerias, além de maior frequência de voos. Só que também vamos focar em aumentar a eficiência operacional para baixar preços, oferecer serviços personalizáveis para quem quiser levar bagagem ou salas VIP. Quem quiser pagar mais barato, terá a opção”, afirma Neuhauser.
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