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Engie pleiteia ao governo redução de juro de financiamentos com TJLP

Presidente da empresa afirmou que companhias tomaram decisões de investimento baseadas em uma realidade que não existe mais

Engie: presidente da empresa no Brasil informou que já esteve com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e da Fazenda, Eduardo Guardia, para falar do tema (Charles Platiau/Reuters)

Engie: presidente da empresa no Brasil informou que já esteve com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e da Fazenda, Eduardo Guardia, para falar do tema (Charles Platiau/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2018 às 18h20.

Rio - A Engie Energia está pleiteando junto ao governo que as mudanças feitas na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) não prejudiquem as empresas que financiaram projetos no passado levando em conta o subsídio à taxa, que parou de cair e atualmente está acima da taxa básica de juros de mercado, Selic.

O presidente da Engie no Brasil, Maurício Bahr, informou que já esteve com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e da Fazenda, Eduardo Guardia, para falar do tema, mas que até o momento nada foi definido.

"As últimas hidrelétricas foram financiadas no longo prazo tendo uma base para se calcular uma taxa de juros subsidiada, e as taxas de juros caíram muito no Brasil e a TJLP ficou em um patamar igual do CDI, isso está desequilibrando o retorno financeiro desses projetos", disse Bahr após evento de inovação da empresa no Museu do Amanhã, no Rio.

Também presente ao evento, o presidente da Engie Energia, Eduardo Sattamini, afirmou que as empresas tomaram decisões de investimento baseadas em uma realidade que não existe mais, e que, se nada for feito, há risco de inibir futuros investimentos por falta de caixa.

"Hoje a gente está lidando com juros muito maiores do que o esperado, as empresas passam a ter prejuízo. Jirau, Santo Antônio, Belo Monte, todos os projetos estruturantes e das usinas que foram recentemente construídas tinham taxas esperadas bem mais baixas", disse Sattamini, ressaltando que "quem tem mais de 10 anos de financiamento está sendo pego com esses custos maior".

Para ele, a solução seria estender o financiamento ou a própria concessão para mitigar a situação e garantir que essas empresas continuem investindo no País. "O governo está num momento de transição e é mais difícil tomar a decisão sobre isso, mas espero que o faça em algum momento", afirmou.

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