Cláudia Vassallo, diretora de redação de EXAME, o presidente da EMS, Luiz Carlos Borgonovi, e Edemir Pinto, presidente da BM&F Bovespa
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2011 às 11h30.
São Paulo - O fim da patente de diversos medicamentos abrirá uma corrida entre os laboratórios para aproveitar a fatia do mercado. De olho nisso, o laboratório brasileiro EMS -- melhor empresa farmacêutica da 37ª edição de MELHORES E MAIORES -- já tem planos para este ano.
O primeiro passo é aumentar a capacidade de produção a partir de setembro para 450 milhões de unidades produzidas anualmente. Por enquanto, a empresa descarta a construção de novas fábricas com capital próprio. "Temos capacidade para chegar a 600 milhões de unidades produzidas por ano", disse ao site de EXAME Waldir Eschberger, vice-presidente de mercados do laboratório.
Ele adianta também que a empresa já está de olho em 25 medicamentos que perderão as patentes e, assim, ganhar essa parcela do mercado. O primeiro passo do EMS foi com o Viagra. A empresa entrou com o registro para a produção do genérico para disfunção erétil três meses antes dos concorrentes.
Tantos medicamentos precisam de muito estudo, por isso o laboratório destina atualmente 6% do faturamento para a área de pesquisa, com uma equipe de 200 profissionais.Para ampliar sua atuação, o EMS já busca novos parceiros. Em 2009, o laboratório fechou duas parcerias com Cuba, com as empresas Quimefa e Heber Biotec, envolvendo registro e venda de produtos cubanos no Brasil, transferência de tecnologia, desenvolvimento de produtos. Além disso, há um contrato com o laboratório chinês Shangai Biomabs, que possibilitará a transferência de tecnologia para a fabricação de produtos biotecnológicos de última geração.