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Apresentado por EMPRESAS RANDON

Empresas Randon colocam o setor de transporte como protagonista em práticas ESG

Com 73 anos de atuação no Brasil e produtos comercializados em mais de 120 países, grupo assume compromissos com foco em sustentabilidade, diversidade e governança

Empresas Randon: signatárias, desde o ano passado, do Pacto Global da ONU (Alex Basttitel/Divulgação)

Empresas Randon: signatárias, desde o ano passado, do Pacto Global da ONU (Alex Basttitel/Divulgação)

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Publicado em 23 de junho de 2022 às 13h00.

Última atualização em 24 de junho de 2022 às 12h10.

Considerada a maior exportadora brasileira de transporte de carga, as Empresas Randon (conglomerado de 30 unidades industriais do setor de soluções para o transporte) têm 73 anos de existência, mas foi nos últimos cinco que deu um salto na internacionalização de seu negócio, e resolveu mensurar todas as frentes de ESG (sigla para práticas ambientais, sociais e de governança), que desenvolve há anos.

No ano passado, a companhia teve receita líquida de R$ 9,1 bilhões, resultado 3,4 vezes maior do que em 2017. Os números são compatíveis ao seu tamanho. Atualmente, o grupo tem mais de 16 mil funcionários espalhados por 30 unidades industriais, sendo 22 no Brasil e oito no exterior.

Um pacto pela sustentabilidade

Em 2021, mais um salto rumo à sustentabilidade: as Empresas Randon se tornaram signatárias do Pacto Global, iniciativa da ONU que mobiliza companhias para alinharem suas estratégias e operações a princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção.

A primeira iniciativa foi desenvolver os cinco pilares de atuação ESG da companhia, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: condução ética e responsável, excelência e segurança como um valor, compromisso com o meio ambiente, prosperidade para todos e inovação sustentável.

“Não foi preciso uma mudança de rota. Só demos continuidade ao que já praticávamos e que faz parte de nossos valores”, explica Sérgio L. Carvalho, CEO das Empresas Randon. “Entretanto, achamos importante assumir compromissos públicos mais incisivos de ESG, inclusive medidos por metodologias regulatórias internacionais. Não é algo que fazemos somente por uma demanda de mercado, mas sim por ser a coisa correta a fazer.”

Os compromissos das Empresas Randon

Com os pilares definidos, nasceram os compromissos da companhia com o tema: duplicar o número de mulheres em cargos de liderança até 2025 (passando dos atuais 13% para 22%); reduzir 40% das emissões de gases de efeito estufa até 2030; zerar a disposição de resíduos em aterro industrial e o lançamento de efluentes tratados até 2025; ampliar a receita líquida consolidada anual gerada por novos produtos; e zerar acidentes graves (o que é um grande desafio perante o número de colaboradores). Vale destacar que, só em segurança, foram investidos, nos últimos cinco anos, em torno de R$ 90 milhões.

Já na frente de meio ambiente, as Empresas Randon são capazes de tratar 100% dos efluentes, mas o objetivo é reaproveitar tudo internamente com a ajuda de processos como o de osmose reversa, tecnologia que separa a água de resíduos e permite reaproveitar os efluentes nos processos de pintura dos produtos.

Logística reversa

Para dar a destinação correta e ambientalmente adequada aos produtos de fricção pós-uso, a companhia mantém dois programas de logística na Fras-le, empresa do grupo líder no mercado de reposição de autopeças.

As lonas de freio coletadas pela companhia são usadas como fonte de energia em fornos de fabricação de cimento, enquanto os discos de freio são enviados à fundição para serem reincorporados no processo produtivo da empresa, gerando novos produtos.

Atualmente, 83% dos resíduos produzidos pelas Empresas Randon durante a sua produção já são reciclados, principalmente nos processos de fundição. Para zerar a disposição de resíduos em aterro industrial, a companhia vem trabalhando para que a Areia Descartada de Fundição (ADF) seja processada e utilizada como matéria-prima para a construção civil.

No último ano, foram investidos mais de R$ 13,6 milhões em iniciativas de gestão ambiental e R$ 4 milhões em ações sociais, realizadas pelo Instituto Elisabetha Randon, iniciativa de responsabilidade social mantida pelo grupo.

Projeto Florescer: Empresas Randon investiram R$ 4 milhões em iniciativas voltadas para ações sociais (Alex Battistel/Divulgação)

Produtos amigos do meio ambiente

E os esforços não pararam aí. Na frente de inovação, a empresa vem contribuindo para a construção de uma mobilidade mais sustentável por meio do desenvolvimento de produtos “ecofriendly”, como o semirreboque Hybrid R, produzido pela Randon Implementos.

Com o sistema de tração auxiliar elétrica e-Sys, fabricado por uma empresa do grupo, a Suspensys, ele foi desenvolvido com base em pesquisas do Centro Tecnológico Randon (CTR) e do Instituto Hercílio Randon, uma iniciativa de ciência e tecnologia privada apoiada pelo grupo.

Semirreboque Hybrid R: sistema de tração auxiliar elétrica ajuda a reduzir emissões de gases de efeito estufa (Márcio Campos/Divulgação)

Ele trabalha na recuperação da energia gerada durante movimentos de descida e frenagem, com economia de combustível que pode chegar a até 25%, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. “É um negócio tão disruptivo – o primeiro da América Latina – que não havia nem legislação no Brasil para regulamentar o produto”, conta o CEO. “Só agora será possível comercializá-lo.”

Em julho do ano passado foi lançada a Fras-le Smart Composites, uma linha de produto que substitui componentes feitos em aço e traz vantagens em relação ao peso final. Em um componente estrutural, por exemplo, diminuiu 65% de seu peso, reduzindo o consumo de combustível. Além disso, dispensa a pintura e é mais durável do que o aço.

Smart composites: tecnologia para substituir os componentes feitos em aço (Alex Basttitel/Divulgação)

Mais durabilidade, menos desperdício

A companhia também patenteou mundialmente um processo economicamente viável para produzir nanopartículas de nióbio em escala, que têm um vasto campo de atuação e potencializam as características de outros materiais, conferindo maior durabilidade, resistência mecânica e alterando de forma significativa suas propriedades físico-químicas.

O primeiro produto lançado pela Nione, empresa do grupo que desenvolve e aplica nanotecnologia, é uma pré-mistura com nanopartículas de óxido de nióbio que serve como base para aplicação em revestimentos protetivos.

A adição desse produto melhora a resistência à corrosão, durabilidade de cor e brilho, além de permitir secagem ultrarrápida, com ganhos no processo de aplicação. Ele tem ainda potencial para aumentar a resistência do aço, por exemplo, tornando possível seu uso com componentes mais leves.

Nanopartículas de nióbio: companhia patenteou processo mundial de produção economicamente viável (Alex Battistel/Divulgação)

“Além do aço, as nanopartículas podem ser utilizadas com alumínio, em baterias, resinas e até em protetor solar”, enumera Carvalho. “O campo de aplicação é vasto, mas todas as soluções são boas para o meio ambiente, pois aumentam a durabilidade e reduzem o desperdício.”

Ações de governança

Além de iniciativas sociais e ambientais, as Empresas Randon, que têm capital aberto na bolsa desde a década de 1970, nunca deixaram de lado outro assunto que permeia o seu negócio: a governança corporativa.

A ética e a transparência se traduzem em medidas como um conselho de administração formado por 60% de membros independentes (sendo 20% mulheres) e que centraliza os reportes que chegam de duas auditorias – uma independente e outra interna.

E as medidas para operar em conformidade não param por aí. O conselho aprovou, no ano passado, um novo Código de Conduta Ética, atualizado para fortalecer os princípios éticos e de respeito aos direitos humanos da companhia – e repassado a cada novo colaborador.

Também em 2021, as Empresas Randon se tornaram signatárias do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, do Instituto Ethos, assumindo assim um compromisso público em favor da integridade no ambiente de negócios.

Os desafios assumidos não são poucos, ainda mais quando envolvem culturas bem diferentes em um grupo com tantas empresas.

Entre elas estão a Randon Implementos, fabricante de reboques, semirreboques, carrocerias e vagões ferroviários; a Suspensys, que fornece eixos e suspensões para as principais montadoras de caminhões, ônibus e implementos no Brasil; a Fras-le, líder global em material de fricção e componentes para freios e referência em reposição de autopeças, por meio de marcas como Nakata, Fremax e Controil; a Master, fabricante de freios para caminhões, ônibus, reboques e semirreboques; a Jost Brasil, especialista em componentes e sistemas de acoplamentos para veículos comerciais; e a Castertech, que produz conjunto cubo e tambor e suportes fundidos para eixos e suspensões.

Fazem parte do grupo ainda uma administradora de consórcios, um banco, uma corretora de seguros, uma venture capital, empresas de automação e robotização industrial e até uma plataforma de inovação aberta, a Conexo.

Unificar a estratégia de todas elas em um só propósito não é uma tarefa simples, mas Carvalho garante que o grupo está no caminho certo para que nada saia dos trilhos. “O setor de transporte pode também ser protagonista no combate às mudanças climáticas e as Empresas Randon estão fazendo isso por meio da inovação”, afirma o executivo.

 

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