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Empresário está menos confiante, aponta pesquisa da CNI

Levantamento da CNI divulgado nesta terça-feira revela que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) neste mês ficou em 56,7 pontos


	Confiança: apesar da queda, o indicador ainda segue em um terreno considerado positivo, já que varia de zero a 100, sendo que valores acima de 50 indicam otimismo
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Confiança: apesar da queda, o indicador ainda segue em um terreno considerado positivo, já que varia de zero a 100, sendo que valores acima de 50 indicam otimismo (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 11h14.

Brasília - O otimismo do industrial brasileiro voltou a se deteriorar em janeiro e pode ser um indicativo de que o crescimento do setor será "mais lento" do que o esperado inicialmente.

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta terça-feira revela que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) deste mês ficou em 56,7 pontos.

Em dezembro, estava em 57,4 pontos e, em janeiro de 2012, em 57,3 pontos. O resultado do Icei de janeiro segue abaixo da média histórica de 59,3 pontos.

"Essa foi a segunda queda da confiança e, praticamente, interrompe a tendência de crescimento que se desenhava nos últimos meses", consideraram os técnicos da CNI no boletim informativo sobre o indicador.

"Desse modo, a esperada retomada do crescimento da indústria brasileira deverá ser mais lenta neste início de 2013", informaram.

Apesar da queda, o indicador ainda segue em um terreno considerado positivo, já que varia de zero a 100, sendo que valores acima de 50 indicam otimismo.

A pesquisa revela que a piora do humor está mais relacionada com as condições presentes do que com as expectativas do industrial para o futuro. As expectativas estão em 60,9 pontos - 56 pontos em relação à economia brasileira e 63,4 pontos sobre a empresa em que trabalha. Sobre o presente, o Icei ficou em 48,6 pontos, abaixo, portanto, da linha divisória.

Para os entrevistados, as condições atuais da economia do País (44,7 pontos) estão piores do que a realidade das indústrias em que atuam (50,5 pontos).


De acordo com a CNI, a queda da confiança em janeiro foi vista nos três segmentos industriais. Na construção, o indicador está em 58,2 pontos ante 58,7 pontos do mês passado e de 59,7 pontos de idêntico mês de 2012.

Na indústria extrativa, o resultado do primeiro mês do ano foi de 56,0 pontos, abaixo dos 58,6 pontos verificados em dezembro do ano passado e dos 60,3 pontos vistos há um ano. Na indústria de transformação, o Icei deste mês está em 55,7 pontos - em dezembro passado estava em 56,4 pontos e em janeiro de 2012, em 56,5 pontos.

Neste setor de transformação, houve queda da confiança em 19 dos 28 setores consultados. Entre os destaques de baixa estão recuperação e manutenção (48 pontos), madeira (50,2 pontos) e biocombustíveis (51,0 pontos).

Já o setor mais otimista é o de limpeza e perfumaria (60,8 pontos), seguido por farmacêuticos (59,9 pontos) e outros equipamentos de transportes (59,6 pontos).

A pesquisa da CNI foi feita dos dias 7 a 17 deste mês, com a participação de 2.164 empresas de todos os portes. Pelo perfil de tamanho, as empresas menores são as que mantêm menos otimismo (55,4 pontos), contra 56 pontos dos empresários que atuam nas médias e de 57,7 pontos para grandes companhias.

Por regiões, verifica-se que o empresário nordestino segue como o mais otimista (59,1 pontos). Mesmo assim, o entusiasmo dos industriais do Nordeste já se esfriou, já que há um ano a pontuação era de 62,9 pontos e, no mês passado, de 61,0 pontos.

No Centro-Oeste o Icei ficou em 58,2 pontos neste mês e, no Norte, em 57,1 pontos. O empresário do Sul (56,4 pontos) e do Sudeste (54,6 pontos) são os menos confiantes.

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