Empresa Spanghero em Castelnaudary: o caso envolve 13 países europeus no comércio de 750 toneladas de carne (Remy Gabalda/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 08h56.
Paris - A empresa francesa Spanghero negou nesta sexta-feira as acusações do governo francês, que a apresentou como a principal responsável pela fraude de alimentos processados que continham carne de cavalo, apesar de serem apresentados como produtos com carne bovina.
"Não sei quem" é o causador deste escândalo, "mas certamente não somos nós", disse o dono da empresa, Barthelemy Aguerre, em declarações por rádio.
"O governo se apressou" com suas acusações.
"Penso que demonstrarei nossa inocência, minha inocência, em todo o caso, e a de meus colaboradores", acrescentou.
O caso envolve 13 países europeus no comércio de 750 toneladas de carne.
Uma brigada de veterinários iniciará nesta sexta-feira análises nesta empresa situada em Castelnaudary (sudoeste da França), cujos 300 operários estão em desemprego técnico desde quinta-feira devido à decisão do governo de retirar suas autorizações sanitárias.
O ministro francês do Consumo, Benoit Hamon, afirmou na quinta-feira que a Spanghero incorreu em "fraude econômica" e prometeu "sanear a cadeia" da produção de pratos processados.
Esta empresa "sabia que revendia carne equina como carne bovina que havia chegado com a etiqueta alfandegária correspondente", disse Hamon.