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Empresa de 700 funcionários cria robô para os trabalhos chatos de RH

Novidade é de um fundo finlandês que administra 46 bilhões de euros. Robô é visto como “colega capaz de se encarregar das rotinas maçantes”

Robô: fundo finlandês tem um funcionário para funções maçantes do RH (YakobchukOlena/Thinkstock)

Robô: fundo finlandês tem um funcionário para funções maçantes do RH (YakobchukOlena/Thinkstock)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 30 de julho de 2018 às 06h00.

Última atualização em 30 de julho de 2018 às 06h00.

A maior investidora privada da Finlândia está reinventando o conceito de recursos humanos para se adaptar à era dos robôs.

Jouko Polonen, 48, futuro CEO da Ilmarinen Mutual Pension Insurance, em Helsinque, afirma que “o RH precisa assumir a responsabilidade” pela forma com que as novas tecnologias estão mudando drasticamente a dinâmica do ambiente de trabalho. Por essa razão, na Ilmarinen a sigla HR (Recursos Humanos em inglês) agora significa Humanos e Robôs.

A empresa não se limita à automação de determinadas tarefas, disse Polonen, em entrevista na sede do fundo. Com a tecnologia, as pessoas não podem confiar nas habilidades que tinham ontem para sobreviver amanhã. É preciso “aprender e gerenciar novas habilidades e mudar a forma de trabalhar”, disse.

O departamento de RH da Ilmarinen agora inclui especialistas em robótica, disse Polonen. “Eles são empregados nos departamentos para analisar como os processos podem ser tocados de forma mais inteligente.”

A Ilmarinen, que administra 46 bilhões de euros (US$ 54 bilhões) em ativos, conta atualmente com pouco menos de 700 funcionários humanos. Mas a lista inclui também o Tarmo, um robô cujo nome em finlandês significa vigor e energia.

Os funcionários humanos da Ilmarinen não veem o Tarmo como uma ameaça que os tornará redundantes, disse Polonen. Tarmo está mais para “um colega capaz de se encarregar dos empregos e das rotinas mais maçantes”, disse.

Entre as tarefas maçantes está a de assumir o controle de pedidos de pensão uniformes. Mas outras tarefas continuam sendo complicadas demais para o Tarmo, inclusive a de definir como recapacitar uma pessoa que, por doença ou lesão, não pode continuar em seu trabalho atual.

Polonen afirma que as pessoas que temem perder seus empregos para robôs devem se assegurar de continuar aprendendo. Ressalta também que quanto mais tecnologia, mais produtivas e ricas são as economias em geral, o que é bom para os seres humanos.

“A principal habilidade daqui para a frente será a de aprender”, disse. “E isso vale para todos, de cada funcionário para cada gerente.”

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