Vivo: nos próximos meses, a Vivo comercializará seus dispositivos Rússia, em Taiwan e em Cingapura (Taylor Weidman/Bloomberg/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2017 às 18h10.
A Vivo, marca de smartphones de rápido crescimento financiada pelo recluso bilionário chinês Duan Yongping, começará a vender aparelhos nos mercados ocidentais pela primeira vez em meio à aceleração de sua expansão global.
Encorajada pela vitória contra Apple e Samsung Electronics em seu território, a empresa agora pretende abordar mercados desenvolvidos com aparelhos de ponta.
Nos próximos meses, a terceira maior marca de smartphones da China comercializará seus dispositivos, entre eles o top de linha V7+, na Rússia, em Taiwan e em Cingapura.
A empresa lançou o X20 em Hong Kong na sexta-feira e informou, em comunicado, que projeta um lançamento na África no começo do ano que vem.
A Vivo é o símbolo de uma nova safra de empresas chinesas que tem expulsado as marcas estrangeiras de seu país e explorado agressivamente os mercados internacionais.
A Vivo, que iniciou a expansão no exterior pela Tailândia, em 2014, construiu uma base doméstica de clientes recrutando dezenas de milhares de lojas nas áreas rurais e nas cidades mais pobres, onde a concorrência era mais escassa, tática que ajudou a Vivo e seu par Oppo - outra startup de Duan - a destronar a Apple em vendas.
A Vivo foi fundada em 2009 e, junto com a Oppo, saindo do nada, tirou a liderança da Xiaomi nos rankings. Ambas evitaram as vendas pela internet, preferindo apostar nas lojas físicas, onde estima-se que três quartos das vendas de smartphones são realizadas, e embutiram componentes de alta qualidade em aparelhos vendidos por uma pequena fração dos preços praticados pela Apple.
A Vivo é conhecida por oferecer dispositivos de recarga rápida e com baterias e memórias extraordinárias. Hoje, a empresa está classificada logo abaixo da Oppo em vendas na China e é patrocinadora oficial da Copa do Mundo Fifa de 2018 e da liga de críquete da Índia.
Entrar na Rússia significa confrontar a Samsung e a Apple, que juntas respondiam por cerca de metade da participação de mercado do país no segundo trimestre, segundo a Counterpoint Research. E uma série de empresas chinesas incursionou no país antes da Vivo, como Xiaomi e Huawei Technologies, marca de celular número 1 da China.
As quatro grandes fabricantes de smartphones da China -- Huawei, Oppo, Vivo e Xiaomi -- empregam diferentes estratégias para se infiltrar nos mercados estrangeiros.
A Huawei, que possivelmente produz os aparelhos mais caros e avançados, se concentra em consolidar sua posição em mercados desenvolvidos como Alemanha e Espanha, onde incursionou anteriormente vendendo equipamentos de rede.
O restante até o momento travou batalhas principalmente em grandes mercados emergentes, como Índia e Indonésia, vendendo telefones a preços acessíveis.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Bloomberg.