Female engineer wearing hard hat and reflective green jacket standing with laptop against wind turbine and setting it up. Energy concept. (Andriy Onufriyenko/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2022 às 18h21.
Última atualização em 7 de julho de 2022 às 11h33.
A participação dos chamados talentos verdes na força de trabalho global aumentou de 9,6% em 2015 para 13,3% em 2022, segundo dados do Global Green Skills Report 2022, elaborado pelo LinkedIn – um crescimento de 38,5%, portanto. No ano passado, cerca de 10% dos anúncios de emprego exigiam ao menos uma habilidade verde.
“A escala de mudança necessária para alcançar uma economia verde e cumprir as metas ambiciosas de mudança climática global significa que precisamos pensar em habilidades sustentáveis em todos os empregos e em todos os setores”, disse Sue Duke, chefe de políticas públicas globais do LinkedIn, ao divulgar o relatório.
Pela definição da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entende-se por empregos verdes aqueles trabalhos que reduzem o impacto ambiental de empresas e de setores econômicos para níveis que sejam pelo menos sustentáveis. São, portanto, empregos que protegem os ecossistemas e a biodiversidade; reduzem o consumo de energia, materiais e água através de estratégias de elevada eficiência; descarbonizam a economia; e minimizam ou evitam todas as formas de poluição ou produção de resíduos.
Segundo a OIT, os empregos verdes podem ser criados em todos os setores e empresas, em áreas urbanas ou rurais, do trabalho manual ao qualificado e em todos os países, independentemente do nível de desenvolvimento.
Os cinco empregos verdes com crescimento mais rápido entre 2016 e 2021, em termos de crescimento anual, segundo o relatório do LinkedIn, são:
Os índices tendem a crescer ainda mais. “Esperamos ver milhões de novos empregos criados globalmente na próxima década, impulsionados por novas políticas e compromissos climáticos”, disse Ryan Roslansky, executivo-chefe do LinkedIn.
E os dados não deixam dúvidas. O número de empregos em energias renováveis e meio ambiente nos Estados Unidos aumentou 237% nos últimos cinco anos. Em contraste, os empregos de petróleo e gás cresceram apenas 19%.
Já as “habilidades verdes”, exigidas em 10% dos anúncios de emprego em 2021, segundo o LinkedIn, são aquelas que permitem a sustentabilidade ambiental das atividades econômicas. De acordo com o relatório da rede social profissional, o Brasil aparece como o sexto país onde os trabalhadores mais estão aplicando habilidades verdes em seus empregos.
Trabalhadores em todos os níveis de ensino já estão desenvolvendo suas habilidades verdes. Mas, globalmente, a taxa é mais rápida entre aqueles com diploma de ensino superior, aponta o Fórum Econômico Mundial. A participação de talentos verdes nessa categoria cresceu em média 11% ao ano entre 2015 e 2021, em comparação com 9% para outros trabalhadores.
O Fórum alerta que uma série de ações foram sugeridas para formuladores de políticas públicas e empresas para garantir que as novas políticas se concentrem no desenvolvimento de habilidades verdes igualmente em todos os grupos de profissionais.
As empresas, diz o Fórum, devem apoiar a requalificação verde (upskilling e reskilling), investindo na formação da força de trabalho, cursos de aprendizagem e programas locais.
Os trabalhadores, por sua vez, devem considerar uma carreira verde que melhore sua empregabilidade futura e lhes permita aprimorar suas habilidades regularmente.
Em um relatório publicado no ano passado, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente disse que o desenvolvimento de uma força de trabalho adequadamente qualificada para a economia verde era fundamental.
Em paralelo, o guia digital sobre escolhas de carreira sustentáveis para jovens publicado pela mesma instituição sugere que habilidades em ciência, arquitetura, planejamento, agricultura e justiça ambiental estão entre aquelas que serão necessárias na economia verde.