Jato Embraer Legacy 650: fatia da Embraer no mercado global de aviação executiva pode crescer até 30 por cento (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 19h59.
São Paulo - A fabricante brasileira de aeronaves Embraer avistou claros sinais de recuperação no mercado de aviação executiva dos Estados Unidos, mas a demanda mundial por jatos executivos continua estável devido à incerteza política na Europa e um grande estoque de aeronaves usadas à venda, afirmou o chefe da divisão de jatos executivo da Embraer nesta quarta-feira.
"Estamos vendo uma recuperação, mas ainda é o início desse processo. (...) Eu diria que o mercado continua estável", disse Ernest Edwards em uma entrevista na feira aeronáutica Labace, em São Paulo.
"Estou certo de que faremos nossas projeções, que estão próximas aos números de 2011", adicionou.
A fabricante de aeronaves entregou 99 jatos privados no ano passado, número que Edwards afirmou ter se tornado "a nova norma para nós como fabricantes de jatos executivos".
Edwards disse que a fatia da Embraer no mercado global de aviação executiva pode crescer até 30 por cento após a companhia começar a entregar seus jatos Legacy de médio porte, mas a fabricante ainda consegue capturar um quarto do mercado com seu portfólio atual.
A participação da Embraer em entregas de jatos executivos avançou de menos de 5 por cento em 2008 para quase 20 por cento em 2010, à medida que seus jatos leves Phenom entraram em serviço. Mas o enfraquecimento da demanda no segmento derrubou sua fatia de mercado para 15 por cento no ano passado.
"Não queremos ser gananciosos. Estaríamos feliz com uma participação de 20 a 25 por cento no mercado mundial. E isso é só com os produtos atuais", disse Edwards.
"Acredito que o Legacy 500 e o 450, quando começarem a ser entregues, com certeza melhorarão nossa fatia de mercado", adicionou. "Uma participarão saudável seria de entre 20 e 30 por cento".