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Embraer quer operar segurança aérea da África Subsaariana

A Embraer em associação com a ATECH, companhia brasileira de controle de tráfego aéreo, e outras organizações especializadas em sistemas de radar e segurança


	Três aviões Super Tucano da Embraer: segundo a Abimde, o mercado de defesa da África é de US$ 1 bilhão, 10% do cômputo global, e cresce a um ritmo de 5% anual
 (©AFP / Ho)

Três aviões Super Tucano da Embraer: segundo a Abimde, o mercado de defesa da África é de US$ 1 bilhão, 10% do cômputo global, e cresce a um ritmo de 5% anual (©AFP / Ho)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 20h52.

Waterkloof - A Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, quer operar os sistemas de controle aéreo além da fronteira de toda a região da África Subsaaariana, assegurou nesta sexta-feira à Agência Efe a empresa.

Fontes da direção de vendas da Embraer para a África Subsaariana falaram dos planos da empresa na "Africa Aerospace and Defence 2012" (AAD 2012), a feira aeronáutica e de defesa mais importante do continente, realizada na base militar aérea sul-africana de Waterkloof, perto de Pretória

A Embraer em associação com a ATECH, companhia brasileira de controle de tráfego aéreo, e outras organizações especializadas em sistemas de radar e segurança, estão mantendo contatos com os diferentes Governos da região para administrar seus espaços aéreos em matéria de defesa.

"Estão sendo mantidos contatos de primeiro nível, com o apoio do Governo brasileiro, e nossa aspiração é chegar a todos os países da região, respeitando certamente as restrições das Nações Unidas em relação a armamento para determinados países", disse à Efe um alto diretor da empresa, que pediu para permanecer no anonimato, porque não está autorizado a falar com a imprensa.

Trata-se de um sistema de radares e controle de tráfego aéreo que se complementa com o desdobramento de aeronaves EMB 145 AEW&C de vigilância e inteligência, e aviões de combate Super Tucano, todos eles fabricados pela Embraer.

O modelo é similar ao que o Governo brasileiro usa com sucesso para a vigilância da floresta Amazônica, tanto no que se refere à proteção de seu espaço aéreo, como o controle de atividades em terra, explicou à Efe o representante da companhia.

O projeto deve ser realizado em associação com empresas locais e com a criação de um centro de treinamento para os futuros controladores do sistema.


Estes contratos podem representar receitas milionárias para a companhia brasileira, ressaltou o diretor da Embraer durante o terceiro dia da AAD 2012, realizada até domingo.

A pirataria, o tráfico de drogas e pessoas, além da caça ilegal e a atividade de grupos armados, são os principais desafios de defesa na região.

Seis empresas brasileiras estiveram presentes no pavilhão do Brasil na AAD 2012, uma mostra da importância do mercado africano para a indústria de defesa do Brasil, disse o almirante Carlos Afonso Pierantoni, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Indústrias de Segurança e Defesa (Abimde).

Segundo a Abimde, o mercado de defesa da África é de US$ 1 bilhão, 10% do cômputo global, e cresce a um ritmo de 5% anual.

A empresa brasileira aeroespacial Friuli anunciou hoje o começo em breve de um projeto de colaboração com a firma sul-africana Realtech para a construção de mísseis para o avião de combate Super Tucano, que serão fornecidos ao Exército peruano.

Alexandre Correa, diretor internacional de negócios da Friuli, que participa da feira africana, explicou à Efe que o contrato se materializará nas próximas semanas, e a fabricação poderia começar em um prazo de três meses.

A AAD 2012 foi inaugurada na quarta-feira passada com a presença de 350 expositores, 40% deles estrangeiros, e 13 pavilhões nacionais.

A feira terminou hoje seus dias dedicados ao comércio, mas continuará aberta ao público todo o fim de semana para acolher exibições aéreas. 

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