Os jatos Legacy 600 e 650 custam cerca de US$ 27 milhões e US$ 30 milhões, respectivamente (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2011 às 20h34.
Nova York - Embora a Embraer não tenha data para início da produção dos jatos executivos Legacy 600 e 650 na fábrica da China, o presidente da companhia, Frederico Curado, disse à Agência Estado que espera que a primeira aeronave seja entregue no prazo de 15 a 18 meses. Segundo ele, a Embraer já está em discussões com "potenciais clientes iniciais". A fábrica na China é uma joint venture com a estatal Avic. "Os sócios, Embraer e Avic, ao mesmo tempo em que avançam no planejamento industrial, estão buscando formalização necessária junto ao governo chinês, que já deu sua concordância ao projeto", disse.
Curado negou que a empresa esteja fechada há pelo menos 50 dias e que tenha dado licença remunerada a parte dos 200 funcionários, à espera de uma decisão do governo chinês para voltar às atividades, conforme divulgado na imprensa. "A fábrica não está parada há 50 dias. A última entrega de ERJ 145 ocorreu há menos de um mês e todas as atividades ligadas a suporte pós-vendas, além de administrativas e financeiras continuam normalmente. O pessoal de fabricação em si está sendo direcionado para treinamento e início da adaptação da linha de montagem para o Legacy 600/650", explicou Curado, por e-mail. "Não ocorrem demissões nem processo de licença remunerada" afirmou.
O foco da Embraer, de acordo com Curado, é atender primeiro o mercado doméstico chinês. Ele avalia que o potencial para jatos executivos na China pode ultrapassar 500 aviões em 10 anos. "Mas prevemos exportações, também", completou. Curado disse que a frota de jatos Embraer em operação na China se aproxima de 100 unidades. "Nosso compromisso com o mercado e nossos clientes chineses é de longo prazo". Segundo Curado, a fábrica tem capacidade instalada para cerca de 20 aviões por ano. "Mas a produção, claro, dependerá da demanda do mercado", afirmou.
Os jatos Legacy 600 e 650 custam cerca de US$ 27 milhões e US$ 30 milhões, respectivamente, e serão fabricados onde até este ano foi a linha de produção os aviões comerciais ERJ 145, de 50 lugares por cerca de oito anos e fica na cidade de Harbin, a 1.250 quilômetros da capital Pequim.
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