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Embraer prevê aumentar lucro em 2017 com controle de gastos

Empresa projeta uma receita líquida de 5,7 bilhões a 6,1 bilhões de dólares para 2017, abaixo dos 6,2 bilhões de dólares observados no ano passado

Embraer: para 2017, a empresa manteve a meta anual de entregas de 105 a 125 jatos executivos (Embraer/Divulgação)

Embraer: para 2017, a empresa manteve a meta anual de entregas de 105 a 125 jatos executivos (Embraer/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2017 às 10h12.

São Paulo - A fabricante brasileira de aeronaves Embraer prevê aumento no lucro operacional deste ano, apesar de uma queda estimada de até 10 por cento nas entregas de jatos comerciais, uma vez que se concentra no controle de despesas e na disciplina de preços após um 2016 desafiador.

A empresa projeta uma receita líquida de 5,7 bilhões a 6,1 bilhões de dólares para 2017, abaixo dos 6,2 bilhões de dólares apurados no ano passado.

Já o lucro antes de juros e impostos (Ebit) é projetado entre 450 milhões e 550 milhões de dólares neste ano, mais que o dobro dos 206 milhões de dólares obtidos em 2016.

No ano passado, a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo registrou pesadas provisões para encerrar uma investigação de corrupção de seis anos e custear o seu programa de demissões voluntárias. A estrutura de despesas mais enxuta se traduziu em um melhor desempenho no quarto trimestre do ano.

Conforme material de divulgação do balanço, a Embraer teve lucro líquido de 648,3 milhões de reais de outubro a dezembro, 52,2 por cento acima do apurado no último trimestre de 2015.

Já o Ebit saltou para 921,5 milhões de reais, de 250,6 milhões de reais no quarto trimestre um ano antes, quando a empresa anotou provisão de 390,6 milhões de reais em razão do pedido de concordata da aérea Republic Airways .

A Embraer transferiu as encomendas de 24 jatos E175 da Republic para United Airlinesem novembro, o que respondeu por uma parte do impacto positivo líquido de 104,6 milhões de reais no quarto trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) mais que dobrou para 1,258 bilhão de reais no último trimestre de 2016, de 579,5 milhões no mesmo período de 2015.

Ganhos de eficiências na produção de jatos executivos da empresa, que está migrando do Brasil e da China para uma unidade em Melbourne, na Flórida, também ajudaram a Embraer a elevar a margem bruta para 20,1 por cento no quarto trimestre, de 16,9 por cento um ano antes.

As ações da companhia fecharam cotadas a 18,79 reais na BM&FBovespa na quarta-feira, em alta de 2,45 por cento. No acumulado de 2017, o papel acumula ganho de 17 por cento, após despencar 47 por cento em 2016.

Para 2017, a Embraer manteve a meta anual de entregas de 105 a 125 jatos executivos, mas reduziu para 97 a 102 a de jatos comerciais, abaixo das 108 aeronaves entregues no ano passado.

A empresa deve lançar até o final do primeiro semestre de 2018 o modelo E190-E2, então a maior parte das entregas previstas para este ano devem ser do jato E175, principalmente para aéreas regionais nos EUA.

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