Ramesh Lingamaneni (E), presidente da Air Costa, e Paulo Cesar Silva, presidente da Embraer: venda constitui primeira etapa da venda de 1.500 aeronaves na região (Roslan Rahman/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 09h20.
Cingapura - A companhia aérea indiana Air Costa fez uma ordem de compra de 50 aviões E.Jets E2 da brasileira Embraer, por um valor de 2,94 bilhões de dólares, anunciaram nesta quinta-feira em Cingapura as duas empresas.
A venda constitui a primeira etapa da venda prevista de 1.500 aeronaves na região Ásia-Pacífico (incluindo a China), anunciada na quarta-feira pela Embraer.
O acordo entre a empresa brasileira e a Air Costa também inclui a possibilidade de compra de outras 50 unidades.
Com esta ordem de compra, a Air Costa será o primeiro cliente do E.Jet E2 da Embraer no mercado indiano. A primeira entrega está prevista para 2018.
Os executivos da empresa indiana informaram que utilizarão as aeronaves para rotas em mercados secundários da Índia.
A Air Costa é parte es parte do LEPL Group indiano, uma empresa diversificada, com interesses na propriedade e desenvolvimento de infraestruturas.
A companhia aérea iniciou as operações em outubro do ano passado e serve a várias cidades de menor porte na Índia.
A Embraer projeta entregar 1.500 aviões comerciais a companhias aéreas da região Ásia Pacífico, incluindo a China, nos próximos 20 anos, por um valor de 70 bilhões de dólares ao preço de lista, informou a empresa na quarta-feira.
As entregas previstas pelo terceiro fabricante mundial de aviões comerciais são de aeronaves de entre 70 e 130 lugares, o que representará em torno de 20% da demanda mundial para este segmento durante o período, disse a Embraer em uma nota, de Cingapura, onde esta semana acontece o Salão Aeronáutico.
"O tráfego aéreo na região Ásia Pacífico é composto principalmente pelos mercados secundários com demandas de baixa e média densidade com até 300 passageiros por dia em cada sentido. Cerca de 60% desses mercados não dispõem de voos sem escalas", comentou Paulo Cesar Silva, presidente da Embraer Aviação Comercial.
Segundo ele, a metade dos mercados não permite voos de ida e volta no mesmo dia.
"Os E-Jets da Embraer oferecem a capacidade de desenvolver um melhor sistema de alimentação de tráfego e maior conectividade na rede de voos", afirmou.
Das novas entregas, 65% estarão destinadas a apoiar o crescimento do mercado, enquanto o restante substituirá aeronaves antigas.
Segundo a nota da Embraer, a demanda de transporte aéreo crescerá em torno de 6% ao ano até 2032 na região.
"A região vai se tornar o maior mercado do mundo com 34% do total de passageiros por km² transportado", disse a nota da companhia, que destacou que possui mais de 80% de participação de mercado na região Ásia-Pacífico.
Em 2013, a Embraer entregou 209 aeronaves comerciais e executivas, cumprindo a meta fixada para o ano. Seus pedidos firmes acumulados somaram 18,2 bilhões de dólares no final de dezembro de 2013.
A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, atrás da norte-americana Boeing e a europeia Airbus. Sua sede está em São José dos Campos, a 80 km de São Paulo.