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Embraer fecha contrato de venda de jatos por US$ 260 milhões

Embraer fechou contrato de US$ 260 milhões com a mexicana Across, para venda de 23 jatos executivos


	Embraer: contrato fechado inclui a venda de oito jatos Legacy 500 (na foto), oito Phenom 300 e sete Phenom 100E
 (Divulgação/Embraer)

Embraer: contrato fechado inclui a venda de oito jatos Legacy 500 (na foto), oito Phenom 300 e sete Phenom 100E (Divulgação/Embraer)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 11h18.

Genebra - A Embraer anuncia nesta segunda-feira, 23, um contrato inicial para a venda de 23 aeronaves para a operadora mexicana Across e num entendimento de que o pedido poderá ainda dobrar, chegando a mais de US$ 500 milhões.

O negócio faz parte de uma nova tendência no mercado de jatos executivos: o surgimento de companhias aéreas que oferecem aeronaves executivas de uma forma flexível aos empresários.

Com custos mais baixos, algumas dessas operadoras já estão sendo chamadas de "Uber-aéreo", numa referência aos serviços de taxi.

No anúncio desta segunda, a Across, provedora de serviços de aviação executiva do México, irá adquirir oito aeronaves Legacy 500, oito Phenom 300 e sete Phenom 100E, com um valor estimado em mais de US$ 260 milhões.

O anúncio está sendo realizado na 16ª Convenção e Mostra de Aviação Executiva Europeia (EBACE), em Genebra.

As negociações ainda continuam entre mexicanos e brasileiros e o valor da entrega final pode passar de e US$ 500 milhões.

Mas é a forma pela qual a empresa mexicana quer usar as aeronaves que chama a atenção: a propriedade compartilhada de jatos e o atendimento a empresas de uma forma mais flexível.

Across oferece um programa de horas a cada ano para as empresas que a contratam e o uso é feito de forma flexível. A operadora batizou o serviço de Avião à sua medida.

"Os jatos executivos da Embraer vão se tornar a base das soluções da Across para o programa de propriedade compartilhada e serviços de fretamento para clientes do mundo todo que necessitam voar às Américas para negócios ou lazer", disse Pedro Corsi Amerlinck, presidente da Across.

Marco Tulio Pellegrini, Vice Presidente Executivo de Negócio de Aviação Executiva da Embraer, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que os jatos da empresa brasileira são "ideais" para esse tipo de estratégia. Segundo ele, os aviões da Embraer tem um custo operacional que chega a ser 20% menor que o dos concorrentes. "Para operadoras que vendem o serviço por hora, essa é a melhor opção", disse.

Segundo ele, o segmento de jatos executivos estagnou em alguns mercados e teve um crescimento abaixo do esperado em outros. A opção por empresas que fornecem esse serviço, portanto, aparece como uma forma de manter o mercado aquecido. "Para clientes que usam até 200 horas de voo por ano, essa é uma opção que atende às necessidades", disse o executivo brasileiro, afirmou.

A aposta em serviços de maior flexibilidade para executivos tem sido também o foco da Embraer em outras iniciativas. No fim de semana, ela estava no aeroporto London City para apresentar o Legacy 500. A autorização para operar em London City foi comemorada pela Embraer.

A empresa já presta serviços hoje para a Flexjet, um dos maiores provedores de propriedade compartilhada do mundo. Apesar de ser americana, ela adquiriu jatos da Embraer para começar suas operações na Europa. Com a recessão, a empresa notou o interesse dos clientes por comprar uma fração de um jato ou usar serviço de táxi aéreo.

Nos EUA e na Europa, outra empresa que segue o mesmo caminho é a JetSmarter. Com o foco em atrair os passageiros que hoje iriam de primeira classe ou executiva num voo regular, mas sem o poder aquisitivo ou interesse em ter seu próprio jato, a operadora oferece lugares vagas em aviões fretados em rotas mais procuradas.

Um voo de uma hora entre Londres e Genebra pode sair por US$ 1 mil e o executivo pode comprar por meio de um aplicativo no celular, da mesma forma que faria no caso do Uber. Outra opção é de comprar uma cota anual de US$ 9 mil. Nos próximos dois anos, a empresa pretende oferecer os serviços para 150 cidades do mundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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