Com o KC-390, a Embraer pretende entrar em um mercado de aviões dominado pelo C-130 Hércules, da empresa americana Lockheed Martin (Divulgação/Embraer/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2013 às 09h53.
Rio de Janeiro - A Embraer informou nesta terça-feira que o mercado para seu novo avião militar, o KC-390 - que está em fase de desenvolvimento - deverá permitir a venda de 728 unidades para 77 países, resultando na arrecadação de um valor superior a US$ 50 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões).
O presidente da divisão de Defesa e Segurança da Embraer, Luiz Carlos Aguiar, afirmou em entrevista coletiva que a companhia está "preparada" para entrar no mercado e venderá o avião a preços "mais baixos que os oferecidos pela concorrência".
Sem citar empresas, Aguiar disse que a concorrência vende aviões militares de carga semelhantes por um preço que varia entre US$ 90 milhões e US$ 125 milhões. Ele garantiu que a Embraer será "muito competitiva", apesar de ter revelado valores.
Com o KC-390, a Embraer pretende entrar em um mercado de aviões dominado pelo C-130 Hércules, da empresa americana Lockheed Martin.
Aguiar também disse que as expectativas são de que a primeira venda do KC-390 seja realizada no final deste ano ou no primeiro trimestre de 2014. Segundo ele, o comprador deve ser um dos países que participam do desenvolvimento da aeronave (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e a República Tcheca).
O executivo informou que o cronograma de desenvolvimento do avião está em dia, e que os dois protótipos em fabricação realizarão seu voo inaugural no final de 2014.
De acordo com o diretor do programa de desenvolvimento do avião, Paulo Gastão, o KC-390 terá capacidade de transporte de, no máximo, 26 toneladas e poderá chegar a 36 mil pés de altura, além de se adaptar a condições de voo "inóspitas".
Os países que fazem parte do consórcio construtor assinaram cartas de intenção de compra de 60 aeronaves do KC-390.