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Embraer está confiante sobre metas após semestre sólido

Companhia vê risco pequeno de não alcançar suas metas de performance neste ano

Operário trabalhando na produção de um jato da Embraer, na Flórida (Mark Elias/Bloomberg)

Operário trabalhando na produção de um jato da Embraer, na Flórida (Mark Elias/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 16h28.

São Paulo - A Embraer vê risco pequeno de não alcançar suas metas de performance neste ano após um lucro forte no segundo trimestre e uma perspectiva sólida para o fim do ano, afirmaram executivos nesta quinta-feira.

O aumento nas entregas de jatos comerciais e o câmbio mais favorável ajudaram a Embraer a superar as previsões de analistas e entregar resultado operacional em linha com as estimativas oficiais durante o primeiro semestre, quando sua performance tradicionalmente é mais fraca.

"Não vemos muito risco de baixa (para as metas de lucro)... Pode haver algum potencial de alta", disse o presidente-executivo da fabricante de aeronaves, Frederico Curado, a analistas em teleconferência para comentar o resultado.

"Temos um ano mais equilibrado, por isso não revisamos nosso guidance para cima".

Curado disse estar trabalhando duro para distribuir as entregas pelo calendário e evitar uma corrida no fim do ano para atingir as metas.

Analistas concordaram que a Embraer não terá problemas para atingir suas próprias estimativas, que o analista Joseph Nadal, da JPMorgan Securities, descreveu como "bastante conservadoras".

Mais cedo, a Embraer divulgou lucro líquido atribuível aos acionistas de 143 milhões de dólares, acima da estimativa média de analistas de 116 milhões de dólares, segundo pesquisa Reuters.

Em reais, o lucro líquido foi de 319,8 milhões de abril a junho, contra resultado negativo de 9,9 milhões de reais no mesmo período de 2013, quando o câmbio elevou sua despesa com impostos.

A fabricante de aeronaves divulgou no mês passado que entregou 29 E-Jets para companhias aéreas no segundo trimestre, ante 22 aviões um ano antes.

Os jatos regionais cederam algum espaço no portfólio da Embraer para a aviação executiva e para a área de defesa, mas ainda contribuem para mais da metade de sua receita.

Uma onda de encomendas por jatos regionais dos Estados Unidos no ano passado ajudou a manter a produção do E-Jet da Embraer estável.

Curado afirmou que a forte recepção do E-175 por companhias aéreas dos EUA até o momento sugere que algumas delas farão novas encomendas no ano que vem.

Esses grandes pedidos de companhias aéreas menores pressionaram as margens de lucro brutas, mas o controle das despesas administrativas manteve os resultados operacionais em linha com as metas para 2014 até o momento.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Embraer ficou em 582,9 milhões de reais, avanço de 36,5 por cento na comparação anual.

Em dólares, o Ebitda totalizou 261 milhões, acima da estimativa média de analistas de 238 milhões de dólares.

O lucro líquido da Embraer foi beneficiado pela queda da despesa com imposto de renda e contribuição social, que havia sido elevada no ano anterior pelo efeito cambial. No segundo trimestre, a linha somou 93,5 milhões de reais, ante 236,6 milhões um ano antes.

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