Operário trabalha na montagem de aeronave na sede da Embraer, em São José dos Campos: companhia divulgou ontem seus resultados trimestrais, que apontam para um faturamento entre abril e junho de R$ 3,2 bilhões, uma retração de 4,17% em comparação com o mesmo período de 2012 (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2013 às 14h00.
São Paulo - A fabricante de aviões Embraer espera um segundo semestre mais forte que o primeiro nas estimativas financeiras e operacionais para o restante deste ano por conta da desvalorização do real, disse nesta sexta-feira o vice-presidente financeiro e de relações com investidores, José Filippo.
"Para efeitos de operação, a mudança se reflete ao longo do tempo, já que os custos em reais são menores", explicou Filippo em entrevista coletiva.
"Esperamos que no segundo semestre isso possa ter um efeito positivo que ajude a construir uma margem maior", afirmou o diretor da companhia, que no segundo trimestre de 2013 teve prejuízo de R$ 9,9 milhões de reais (US$ 4,42 milhões).
O resultado negativo, segundo a Embraer, foi em grande parte "devido à valorização de aproximadamente 10% do dólar em relação ao real", uma situação que gerou um aumento do Imposto de Renda diferido, "que não gera desembolso de caixa".
No entanto, esse mesmo movimento cambial terá um efeito positivo nos próximos meses ao baratear os custos de produção no Brasil, segundo a empresa.
Filippo também destacou a sazonalidade da atividade da empresa, que aumenta suas entregas durante a segunda metade do ano.
A companhia divulgou ontem, após o fechamento da bolsa, seus resultados trimestrais, que apontam para um faturamento entre abril e junho de R$ 3,2 bilhões (US$ 1,4 bilhões), o que representa uma retração de 4,17% em comparação com os mesmos meses do ano passado.
Às 11h, as ações ordinárias de Embraer caíam 2,38% na Bolsa de Valores de São Paulo, liderando as perdas do índice Ibovespa.