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Embraer deve cortar salários e jornadas devido ao coronavírus

Programa do governo permitirá aos trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso receber do governo um benefício emergencial

Produção de avião na Embraer: funcionários deverão ter seus contratos suspensos por 60 dias ou a jornada de trabalho e o salário reduzidos em 25% (Germano Lüders/Exame)

Produção de avião na Embraer: funcionários deverão ter seus contratos suspensos por 60 dias ou a jornada de trabalho e o salário reduzidos em 25% (Germano Lüders/Exame)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 7 de abril de 2020 às 07h27.

Última atualização em 7 de abril de 2020 às 07h39.

Após duas semanas de licença remunerada e duas de férias coletivas (que se encerrarão na sexta-feira, 10), funcionários da Embraer deverão ter seus contratos suspensos por 60 dias ou a jornada de trabalho e o salário reduzidos em 25%.

Essa foi a proposta apresentada pela empresa aos funcionários, na segunda-feira, 6, segundo o sindicato da categoria.

A suspensão e a redução na jornada são autorizadas pelo governo federal como forma de atenuar os efeitos da crise do coronavírus no caixa das empresas e como forma de impedir grandes demissões.

O programa do governo federal prevê a preservação do valor do salário-hora dos trabalhadores e estabelece que as reduções de jornada poderão ser de 25%, 50% ou de 70%. Porcentagens diferentes dessas terão que ser acordadas em negociação coletiva.

Pelo programa, os trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso receberão da União um benefício emergencial. O programa ficará em vigor por até três meses, no caso da redução de jornada, e até dois meses, nas situações de suspensão de contrato. Todas as empresas podem participar, assim como empregadores domésticos.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira, 6, que os acordos de redução de salário e jornada de funcionários de empresas privadas apenas terão validade após a manifestação de sindicatos.

 

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