Negócios

Embraer defende multilateralismo e Mercosul mais "aberto"

O Mercosul é uma história de sucesso, ainda tem pontos a serem melhorados, mas não necessariamente precisa ser fechado", disse executivo da empresa


	Segundo a Embraer, tanto o apoio do governo quanto os acordos comerciais são fundamentais para se ter um comércio mundial lógico
 (Porneczi/Bloomberg)

Segundo a Embraer, tanto o apoio do governo quanto os acordos comerciais são fundamentais para se ter um comércio mundial lógico (Porneczi/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 13h48.

São Bernardo do Campo - O vice-presidente executivo de Pessoas, Relações Institucionais e Sustentabilidade da Embraer, Jackson Schneider, defendeu as relações multilaterais e um Mercosul mais "aberto" no âmbito do comércio global.

Segundo ele, tanto o apoio do governo quanto os acordos comerciais são fundamentais para se ter um comércio mundial lógico, sem políticas predatórias.

"Nós, da Embraer, defendemos a busca pelo multilateralismo. O Estado deve apoiar as empresas no desenvolvimento tecnológico, temos que ter políticas industriais transparentes, esforços para a estruturação de fábricas, condições comerciais equitativas. Tudo isso precisa ser feito com negociações multilaterais. Se não ocorrer, a lógica do comércio mundial não existe e aquelas empresas ou países que têm mais condições vão ter sempre vantagens no comércio global", afirmou o executivo, na "Conferência Nacional 2003-2013 - Uma Nova Política Externa", promovida pela Universidade Federal do ABC.

Ele citou tanto o desenvolvimento de produtos realizados em cooperação com outros países como um avião de mais de 20 toneladas de carga em processo de fabricação em parceria com Argentina, Colômbia, Portugal e República Tcheca - e o apoio que a Embraer recebeu do governo brasileiro no contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a Bombardier, em 1999.

Sobre o Mercosul, Schneider defendeu um bloco comercial mais "aberto".

"Eu vejo quase uma excludência do Mercosul em negociações comerciais no mundo. Eu não acho necessário. O Mercosul é uma história de sucesso, ainda tem pontos a serem melhorados, mas não necessariamente o Mercosul precisa ser fechado. Podemos ter mais diálogos multilaterais ou outras formas criativas de integração no comércio global, por exemplo por segmentos de mercados ou áreas de negócio", declarou.

Acompanhe tudo sobre:EmbraerEmpresasEmpresas abertasempresas-de-tecnologiaMercosulSetor de transporte

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'