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Embraer avança em ranking de empresas militares

Companhia ocupa hoje a 81ª colocação no ranking internacional das maiores empresas do setor militar no mundo

Embraer: entre 2015 e 2016, as vendas da companhia relacionadas com o setor militar passaram de US$ 839 milhões para US$ 930 milhões (Roosevelt Cassio/Reuters)

Embraer: entre 2015 e 2016, as vendas da companhia relacionadas com o setor militar passaram de US$ 839 milhões para US$ 930 milhões (Roosevelt Cassio/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 08h55.

Genebra - A Embraer subiu dez posições no ranking internacional das maiores empresas do setor militar no mundo e já ocupa a 81.ª colocação.

De acordo com o Instituto de Estocolmo para a Pesquisa sobre a Paz (Sipri, na sigla em inglês), que fez o levantamentos dos dados, as vendas de armas no mundo tiveram em 2016 sua primeira alta desde 2010.

No caso do Brasil, o comércio registrou uma alta bem superior à média mundial, com 10,8% de expansão em 2016.

Entre 2015 e 2016, as vendas da Embraer relacionadas com o setor militar passaram de US$ 839 milhões para US$ 930 milhões.

Hoje, esse segmento já representa 15% de todos os negócios da empresa que, em 2016, registrou lucros de US$ 168 milhões.

A classificação já apresenta a Embraer acima das japonesas NEC Corp e Mitsubishi e da RUAG, da Suíça. Em 2010, por exemplo, a companhia sequer fazia parte do ranking das 100 maiores.

Em 2013, porém, a Embraer chegou a ser listada como a 62.ª maior do ramo.

A alta nas vendas da empresa brasileira ocorre justamente quando os pesquisadores identificam em 2016 o primeiro sinal de crescimento do comércio de armas, depois de cinco anos consecutivos de queda.

Com a crise econômica global que eclodiu em 2008, diversos países europeus passaram a reduzir seus gastos militares, levando até mesmo o governo de Donald Trump a colocar em questão alianças transatlânticas e cobrar maiores investimentos de Berlim, Paris e outras capitais europeias.

Em Brasília, uma das orientações do governo foi a de estimular a exportação do setor militar, justamente para abocanhar parte do mercado que se abre com a nova demanda por armas.

O governo chegou a recomendar que postos no exterior promovessem as vendas nacionais desse ramo.

Agora, segundo o SIPRI, as vendas de armas do Brasil em 2016 aumentaram em 10,8%, acima do crescimento registrada nos EUA, Rússia ou Europa.

Em 2016, foram as empresas americanas que mais viram uma alta de suas vendas. Com um comércio de US$ 217 bilhões, elas registraram um aumento de 4% no ano passado.

Só as vendas da Lockheed Martin aumentaram em 10,7% e hoje as companhias americanas representam 57% do comércio das cem maiores empresas do mundo.

Juntas, as empresas europeias registraram total de US$ 91,6 bilhões em vendas de armas, avanço de 0,2% em comparação a 2015.

Mas, na Alemanha, o comércio aumentou em 6,6%. No caso da BAE Systems, do Reino Unido, a alta foi de 0,4%.

As empresas de Moscou registraram um salto de 3,8% em suas vendas, com um total de US$ 26,6 bilhões.

Hoje, elas representam 7,1% do comércio mundial. Mas, segundo o pesquisador Siemon Wezeman, a crise econômica russa teve um impacto no setor que deixou de registrar a mesma expansão de anos anteriores.

Emergentes

Se a Embraer aparece com destaque, o estudo aponta que são as empresas sul-coreanas que hoje dominam a venda para o setor militar entre os países emergentes.

Em apenas um ano, o país passou a ter sete companhias entre as cem maiores do mundo e com vendas de US$ 8,4 bilhões, 20% acima de 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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