Bombeiros tentam apagar incêndio em armazén da Copersucar: operações no local ainda são prejudicadas pelo incêndio do ano passado (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 15h58.
São Paulo - A Copersucar, maior produtora e comercializadora de açúcar do mundo, deverá escoar 90 mil toneladas do adoçante em janeiro pelo porto de Santos, 80 por cento menos ante o mesmo mês de 2013, uma vez que as operações no local ainda são prejudicadas pelo incêndio do ano passado, mostrou acompanhamento de importante agência marítima.
Até o momento neste mês a Copersucar já embarcou 30 mil toneladas, e a programação dos navios indica mais uma embarcação prevista para atracar e carregar mais 60 mil toneladas.
Em janeiro de 2013, a Copersucar escoou quase 460 mil toneladas pelo porto de Santos, segundo o acompanhamento da agência.
O Terminal Açucareiro Copersucar (TAC) da Copersucar no porto de Santos foi atingido por grave incêndio em outubro do ano passado, que destruiu cerca de 180 mil toneladas e interrompeu temporariamente a movimentação no local.
O acidente levou a Copersucar a emitir avisos de força maior para exportadores independentes.
Com o fogo contido, a empresa deu início a um trabalho de recuperação das instalações afetadas. No final do ano, a Copersucar informou que os embarques em Santos seriam retomados em janeiro, movimentando inicialmente cerca de 250 mil toneladas. Mas acrescentou que a operação normal só será retomada em fevereiro de 2015.
A assessoria da Copersucar informou que a companhia não teria um porta-voz disponível nesta quinta-feira para comentar o assunto, e reiterou as informações divulgadas no final de 2013.
A empresa também informou anteriormente que redirecionaria suas exportações para terminais no porto de Paranaguá (PR).
O presidente do sindicato dos operadores de equipamentos nos portos e terminais marítimos do Estado de São Paulo (Sindogeesp), Guilherme do Amaral Távora, disse que as operações começaram de forma cautelosa.
"O terminal da Copersucar já está operando e armazenando carga, mas de maneira precária... esperávamos uma demora até maior para começar", disse Távora.
Ele explicou que inicialmente os embarques foram feitos a partir do reaproveitamento de cargas de açúcar ensacado não afetadas pelo incêndio, mas agora a companhia já está recebendo e armazenando açúcar no seu terminal.
Além disso, Távora observou que a empresa também fez acordos com a Rumo, grande operadora logística de açúcar, e outras empresas para desviar, armazenar e escoar cargas por outros terminais.
"Na realidade ficou uma linha de transmissão de carga, o embarque está sendo feito, mas não naquela velocidade (de antes)", disse o presidente do sindicato.